Márlon protocola ação no MPE e diz que programa de Carlesse para a saúde é "fraude"

O documento, que pede autonomia para a saúde do Estado, também será protocolado na Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado

Candidato protocola documento contra o governo do Estado
Descrição: Candidato protocola documento contra o governo do Estado Crédito: T1 Notícias

Ao protocolar uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) na manhã desta sexta-feira, 21, pedindo “Autonomia da gestão da saúde do Tocantins”, o candidato a governador pela Rede Sustentabilidade, Márlon Reis, afirmou que a propaganda eleitoral do governador e candidato à reeleição, Mauro Carlesse (PHS), “é uma fraude”.

 

“Basta visitar a Defensoria Pública, na área da Saúde, na parte da manhã, entre segunda e quinta, e vocês verão uma multidão de pessoas com as vidas dilaceradas, buscando a justiça para conseguir tratamento médico. A propaganda do governo é uma fraude. Ele está simplesmente maquiando. Tirando as pessoas dos corredores do HGP e colocando em salas em situação de desconforto”, disse Márlon sobre as ações na saúde apresentadas por Carlesse em sua publicidade de campanha.

 

Márlon segue reforçando que todas as medidas na saúde apresentadas pelo candidato à reeleição podem ser vistas somente durante o programa eleitoral do candidato e que as cirurgias eletivas prometidas foram realizadas em números “ínfimos”, segundo considera o candidato da Rede. “Não na vida real. Não afetou as pessoas. Não é possível que a sociedade não leve em conta o que está acontecendo com os nossos hospitais, nenhuma medida real foi adotada”, completa.

 

Autonomia na Saúde

 

O documento protocolado no MPE também será encaminhado à Defensoria Pública do Estado e ao Tribunal de Contas do Estado, confirma Márlon. No documento o candidato expõe que “os recursos da saúde devem ser alocados em Fundo Estadual de Saúde, o qual deve possuir um ordenador de despesa técnico (secretário da Saúde), notadamente o gestor do SUS, e fiscalizado e acompanhado por conselho da saúde”.

 

“Este documento é para atacar o pecado original da saúde pública do Estado”, diz Márlon ao afirmar que os recursos da saúde do Estado passam antes pela Secretaria da Fazenda e não possuem autonomia. Afirma, também, que a verba para a saúde tem caráter “político” e foge do que a Constituição Federal assegura. Márlon defende a importância dos conselhos de saúde.

 

Ao ser questionado se haveria teor eleitoreiro em sua ação, Márlon sustenta que sua atitude terá efeito sobre a saúde e não na campanha. “Pessoas estão morrendo na fila do hospital. Nossa preocupação é que uma medida seja adotada. Eu poderia deixar para fazer isso depois das eleições, mas terminamos a análise jurídica desse documento agora. Eu assino essa peça como advogado e não como candidato”, pontua.

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