Uma denúncia formalizada no Ministério do Trabalho e Emprego pelo ex-prefeito de Araguanã, Noraldino Fonseca, conta que o atual secretário da Agricultura, Júnior Marzola, que à época das eleições em outubro de 2014 era coordenador Geral da campanha de Sandoval Cardoso, e o atual deputado estadual Raimundo Palito, que era coordenador regional do atual governador, autorizaram o ex-prefeito a contratar 300 pessoas para trabalhar como cabos eleitorais na campanha que buscava a reeleição de Sandoval, mas agora se esquivam do pagamento dos trabalhadores.
Conforme narrado o fato ao Ministério, durante o pleito a coligação de Sandoval Cardoso, por meio de Marzola e Palito, autorizou o ex-prefeito Noraldino a contratar 300 cabos eleitorais durante 45 dias mediante pagamento de R$400. No entanto, segundo Noraldino, apenas 19 desses trabalhadores foram ressarcidos pelo serviço prestado.
O ex-prefeito afirma que encaminhou toda a documentação das 300 pessoas para a coligação para a confecção dos contratos e para que a coligação providenciasse o pagamento, "mas somente 19 tiveram êxito".
A campanha acabou e o governador não foi reeleito. E agora os trabalhadores contratados que não receberam o pagamento estão cobrando o ex-prefeito, que se põe na condição apenas de intermediador da contratação. "Eles me autorizaram a contratar”, disse por telefone ao Portal T1 Notícias.
Ainda na denúncia, Noraldino Fonseca diz que teve acesso ao atual governador e que Sandoval Cardoso lhe disse que não tinha conhecimento do assunto e, por isso, nenhuma responsabilidade sobre o ocorrido.
O ex-prefeito afirmou que apesar de todas as tratativas terem sido verbais, ele tem testemunhas de toda a situação.
Palito nega autorização
Ao T1 Notícias o deputado estadual Raimundo Palito negou, por telefone, que tenha autorizado a contratação dos cabos eleitorais em Araguanã. Ele argumentou que não era coordenador, que apenas trabalhava na campanha de sexta a domingo em Araguaína. “Eu só trabalhava somente nos finais de semanas, para minha região. Ajudei somente em Araguaína” e passou a responsabilidade para Marzola: “o coordenador geral era o Júnior Marzola. Quem tinha poder de contratar era ele”, disse.
Palito afirmou que irá apresentar defesa na hora oportuna sobre as acusações no Ministério do Trabalho.
A equipe do Portal T1 Notícias tenta ouvir o secretário Junior Marzola desde a segunda-feira, mas ele não se encontra na Secretaria e não atende o telefone celular. O espaço permanece aberto.
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