Ministro Gilmar Mendes nega novo pedido de liminar a Miranda para retornar ao governo

Em sua decisão, o ministro afirmou que "a despeito de parecer inadequada a realização de eleições diretas às vésperas das eleições gerais, indefiro o efeito suspensivo"

Ex-governador Marcelo Miranda (MDB)
Descrição: Ex-governador Marcelo Miranda (MDB) Crédito: Divulgação/Governo do TO

Em decisão proferida nesta quarta-feira, 16, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, indeferiu novo pedido de liminar feito pelos advogados de defesa do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) para suspender a cassação determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Miranda ainda pode recorrer ao próprio STF, mas terá que aguardar o trâmite fora do cargo.

 

Em sua decisão, o ministro afirmou que “a despeito de parecer inadequada a realização de eleições diretas às vésperas das eleições gerais, indefiro o efeito suspensivo. Publique-se. Intimem-se", pontuou Gilmar Mendes.

 

Marcelo Miranda e sua vice, Cláudia Lelis (PV), tiveram seus mandatos cassados pelo TSE no dia 22 de março deste ano. O Tribunal determinou que ambos deixassem os cargos e ordenou a realização de eleição suplementar no Tocantins. No dia 27 de março, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mauro Carlesse (PHS) assumiu o comando do Palácio Araguaia como governador interino, mas 10 dias depois, em 6 de abril, Marcelo Miranda obteve liminar concedida pelo próprio Gilmar Mendes para reassumir o cargo até o julgamento de seus recursos pelo TSE. No dia 17 de abril, o TSE rejeitou os embargos apresentados pela defesa de Miranda, que novamente teve que deixar o cargo, reassumido dois dias depois, em 19 de abril, por Carlesse.

 

As eleições para a escolha dos novos governador e vice do Tocantins acontecem no próximo dia 3 de junho. Sete candidatos disputam o pleito e viajam pelo Estado levando suas propostas, em busca de votos. Os eleitos ficam no cargo até o dia 31 de dezembro, em um mandato tampão. Em 1º de janeiro de 2019 assumem os vencedores do pleito nas eleições gerais de 7 de outubro.

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