Mourão lança Nicolau ao governo mas líderes querem discutir antes com as bases

As lideranças do partido não reprovam, mas Forzani, Donizeti e Amália não corroboraram o pedido do ex-prefeito de Porto Nacional. Forzani disse que é preciso preparar primeiro o projeto de governo

 

Falta união ao Partido dos Trabalhadores (PT) para alçar vôos mais altos e chegar ao tão sonhado Palácio Araguaia sob o seu comando. Essa é a tecla que os líderes da sigla bateram no seu encontro estadual realizado neste sábado, 13, sem a presença do presidente nacional do partido, Rui Falcão, que estava na programação. O desencontro no discurso de seus líderes foi algo fácil de ser notado.

O primeiro ponto visível de divergência foi o discurso da deputada estadual Amália Santana (PT) que pediu ao partido uma discussão sobre os seus problemas internos. A seguir, pode ser notado o fato do ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão ter pedido a união em torno do nome do ex-secretário de Saúde do Estado, o empresário milionário Nicolau Esteves, como pré-candidato da sigla ao Governo do Tocantins em 2014.

Entretanto, os discursos seguintes não corroboraram o pedido do ex-prefeito e lideranças ouvidas pe acham que é precipitado e até mesmo rejeitam o nome de Esteves que é recém-filiado ao partido e até o ano passado era auxiliar do governador Siqueira Campos. Os líderes querem primeiro discutir com as bases os nomes, para depois ter discurso único fechado em um só nome.

Ao início de seu discurso no evento, Mourão disse que Esteves é a figura que soma esforços no projeto do PT de discutir um novo modelo de gestão ao Governo do Tocantins. “Esse sonho (de ter governador no Estado) que ainda não concluímos, ainda não conseguimos construir isso”, declarou Mourão, acrescentando que era preciso os militantes da sigla sairem do encontro unidos, entendidos e compreendidos.

Mourão colocou seu nome é disposição para a vaga do Senador e afirmou que a única coisa que o PT no Tocantins precisa é unir os ideais dos seus líderes e defender o nome de Nicolau para governador. “Nós vamos construir um novo Estado, um PT unido, um PT determinado”, destacou.

Forzani

Mesmo afirmando que o nome de Esteves é um bom nome, o deputado estadual José Roberto Forzani (PT) se mostrou reticente ao apoio de sua pré-candidatura e aponta que Mourão queimou a largada. Ele disse que o partido tem a sua estratégia de como construir uma candidatura. “Para nós é mais importante discutir o nosso projeto de governo, o programa de governo. Primeiro vamos construir o nosso projeto e depois nós construímos um nome”, frisou Forzani.

Nicolau

O ex-secretário de Saúde do governo Siqueira Campos, o milionário Nicolau Esteves, proprietário das Faculdades Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, discursou e pediu a Donizeti e Paulo Mourão que colocassem um broche com a estrela do PT em seu peito.

Donizeti

O presidente da executiva regional do PT no Tocantins, Donizeti Nogueira, não ratificou o nome de Esteves como fez Mourão. Sem poupar críticas ao governo do Estado, Nogueira relembrou as eleições de 1988 e disse que à época o PT “enfrentou dois leões naquela época que eram o coronel José Freire e o coronel Siqueira Campos”.

Nogueira destacou que o partido está refletindo sobre a crise institucional pela qual passa o Tocantins no governo Siqueira Campos. “Vamos refletir a crise de governo que passa por esse Estado. Vamos refletir sobre a necessidade e a responsabilidade que o PT tem perante a sociedade tocantinense de dar início e força a um bloco de forças políticas e de setores organizados da sociedade”, afirmou acrescentando que ”nos próximos anos, o Estado será o maior da região Norte com um governador do Partido dos Trabalhadores em 2015”.

A união do PT também foi tema do discurso do seu presidente regional. Donizeti disse ser preciso combinar com cada militante e liderança como vão ser as estratégias da agremiação para chegar a o comando do Estado do Tocantins a partir de janeiro de 2015. Ele finalizou inflamando o público: “Aonde o PT governa?” que foi respondido pelos militantes: “Dá certo”.

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