MPE instaura averiguação sobre filho de deputado que não cumpre expediente

Denúncia publicada pelo T1 Notícias confirmada pelo parlamentar mostrou que Yhgor Leonardo Castro Leite recebe da prefeitura de Palmas sem cumprir expediente no Paço. O rapaz utiliza o gabinete do pai

Yhgor Leonardo é coordenador de projeto
Descrição: Yhgor Leonardo é coordenador de projeto Crédito: Web

O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um procedimento preparatório nº 15/2013 para averiguar o caso do filho do deputado Wanderlei Barbosa (PEN), Yhgor Leonardo Castro Leite, nomeado para o cargo de coordenador do Projeto Governo e Comunidade DAS-3 na Secretaria de Relações Institucionais da Prefeitura de Palmas que não cumpre expediente na Prefeitura de Palmas, e até a semana passada podia ser encontrado no gabinete do pai, onde fazia seus atendimentos a populares.

O procedimento foi instaurado pelo promotor Miguel Batista de Siqueira Filho da 22ª Promotoria de Justiça da Capital e deve apurar a denúncia recebida via email, checada e publicada pelo T1 Notícias. A denúncia foi confirmada pelo deputado estadual que disse na tribuna da AL que o filho que recebe o salário de R$ 5.740,00 não estava trabalhando na Prefeitura pelo fato de não ter sala.

Críticas

Após a denúncia, o deputado criticou o T1 Notícias e disse que iria perguntar ao filho se ele quer ficar nos corredores da Prefeitura ou pedir exoneração. “É atendendo a você Eduardo Lobo (repórter que fez a matéria com a denúncia comprovada pelo deputado) e a Roberta Tum”, frisou o deputado apontando que a denúncia é um fato totalmente pessoal contra ele. Wanderlei chamou o repórter de vagabundo e malandro no plenário da Assembleia.

Nota de Repúdio

Após a agressão verbal feita pelo deputado ao repórter, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor/TO) lamentou o fato e disse que a intimidação a jornalistas é atentado às liberdades de expressão e de imprensa.

“A atitude do deputado, que desrespeitou o profissional chamando-o de vagabundo e outros termos de baixo calão é uma tentativa de intimidação ao trabalho do repórter, atentando às liberdades de expressão e de imprensa. O Sindjor, reafirma nesta oportunidade, sua solidariedade ao repórter do T1 Noticias pelo ataque sofrido e ressalta que a verdadeira democracia exige dos agentes políticos a aceitação da crítica”, disse a nota do Sindjor acrescentando que o Jornalismo é, por essência, uma atividade que busca lançar luz sobre fatos obscuros para os cidadãos.


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