Na Câmara, Major Negreiros defende lisura de ex-secretária Fátima Sena

Vereador defende que é injusto pré-julgar a ex-secretária de Educação antes da conclusão das investigações.

Crédito: Canal do Youtube da Câmara Municipal

“O fato da ex- secretária ter assinado a liberação do contrato de transporte escolar rural três dias após assumir a pasta, não é motivo de julgá-la”, argumentou o vereador Major Negreiros durante sessão na Câmara de Palmas nesta terça-feira, 14. Negreiros aproveitou a ocasião para rebater as acusações da vereadora Solange Duailibe (PT), que usou a tribuna para acusar a ex-secretária de Educação, professora Fátima Sena, de fazer parte do suposto esquema de lavagem de dinheiro na Secretaria Municipal de Educação de Palmas.

 

“Como é que a secretária assume uma pasta e com três dias após ela assina um processo que já estava sendo montado através da secretária executiva e por isso é acusada de corrupção?”, defendeu Negreiros, que reforçou ainda que se ela fizesse parte do esquema, o dinheiro deveria estar na casa dela. “No entanto, foi encontrado na casa de um outro secretário, de uma outra pasta, que não tem nada a ver com a educação”, disse Major.

 

Para Negreiros, caso não assinasse, a secretaria seria considerada incompetente pois faltaria o transporte para as crianças. “Eu conheço a Fátima Sena há muito tempo, é uma professora de carreira da rede municipal e também a prefeita Cinthia Ribeiro. Eu tenho certeza absoluta que a Fátima não tinha conhecimento desse ocorrido. Então, portanto, quem tem que responder esse fato é quem realmente estava com o dinheiro guardado”, continuou o parlamentar.

 

Major reforçou ainda que o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais de Palmas, Edmilson Vieira, deverá responder à Polícia Federal e justificar o porque havia tanto dinheiro em sua casa, inclusive joias. “Mas eu quero dizer aqui claramente e abertamente que eu compreendo a atitude da Fátima Sena de assinar aquele processo naquele dia, porque as aulas estavam começando e era um processo emergencial que tinha que ser, porque os pais queriam o ônibus na porta para buscar as crianças em cima da serra e ela tinha que tomar essa atitude. E ela fez, porque ali na maioria do processo já tem os pareceres dos órgãos de controle interno. É controle interno, é procuradoria geral do município”.

 

Negreiros expressou que não sabe se o processo estava favorável ou contrário a esses pareceres, mas já tinha o processo. “Isso poderia ter sido, com qualquer um, mas foi a Fátima Sena ou outro secretário que estivesse na pasta, porque tinha que assinar, porque a coisa tinha que andar. No princípio da inocência, enquanto o processo não for transitado e julgado, ninguém pode ser condenado. E eu entendo, Solange, que nós nessa Câmara aqui não podemos condenar ninguém, certo?”, contestou a vereadora Solange.

 

“A investigação está na mão da polícia, está muito recente, está no quente, ainda estão levantando os processos, certo? E nós não podemos ser irresponsáveis de chegar a assumir essa Câmara e condenar as pessoas que muitas vezes você destrói a vida de uma pessoa, de uma mãe de família, de um pai de família e ele lá no final de tudo isso aqui, ele é considerado inocente. Portanto, o que eu quero dizer é que esse parlamento tenha cuidado ao subir nessa tribuna e apontar os dedos muitas vezes para pessoas inocentes que têm família, que têm filhos e que estão sofrendo nesse momento que muitas vezes por uma atitude impensável e por uma atitude intempestiva muitas vezes com a vontade de acertar”, finaliza o parlamentar.

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