Um movimento em defesa da senadora Kátia Abreu (PMDB) tomou conta da Câmara de Palmas na manhã desta quinta-feira, 15. Durante a sessão, os vereadores Joaquim Maia (PV), Folha (PTN), Major Negreiros (PP), Valdemar Junior (PSD) e outros manifestaram apoio à senadora após a polêmica causada na vinda de Pelé à Agrotins.
O presidente da Casa, que é militar, vereador Major Negreiros disse que se solidariza com a senadora porque fato semelhante já lhe aconteceu: “já fui vítima do Palácio”, disse.
Major Negreiros contou que nesta quarta-feira, 14, ao chegar ao show organizado pela Prefeitura de Palmas, dos sertanejos Victor e Léo, foi barrado por um segurança que se encontrava no acesso ao local reservado às autoridades, porque estava sem o crachá. “Nem por isso eu fiz um barraco. Não está escrito na minha testa que eu sou o vereador Major Negreiros e nem ele me conhecia” e até ironizou: “se fosse em outras épocas, eu tinha entrado por cima dele”, riu. “Mas não fiz isso. Eu cruzei os braços e esperei o crachá, depois entrei”.
O presidente da Casa relatou que já sofreu punição por causa de interesses políticos do Governo na época em que era Sargento da Polícia Militar e não cumpriu uma ordem de um determinado político. “Eu sei como é que age esse povo do Palácio” e completou: “pelos seus interesses”.
Negreiros defendeu o diálogo entre as partes e o não uso da instituição para tentar denegrir a imagem da parlamentar. “A senadora tem o seu valor, a Polícia também tem seu valor. Não pode se pode usar uma instituição para acabar com a vida das pessoas”, disse.
“Não podemos colocar uma tropa de guerra para massacrar a Kátia Abreu, os filhos e a família dela”. Da mesma forma, o presidente da Câmara afirmou se solidarizar com o Coronel da Polícia Militar e Chefe da Casa Militar, Cel. Feitosa. Para Negreiros, a situação não foi motivo de ofensa à instituição: “eu não senti que a minha Instituição foi desmoralizada”.
Os vereadores Joaquim Maia e Folha também se solidarizaram com a senadora e declararam, em tribuna, que toda a repercussão do assunto não passa de uma ação política contra a parlamentar.
O vereador Valdemar Júnior defendeu a senadora e foi mais duro em seu posicionamento: “acho que é uma conversa fiada. Eu não estava lá, mas se alguém tem dúvida, deveria perguntar para o governador ou para o prefeito Carlos Amastha, que são testemunhas do fato. Eles vão saber o que aconteceu”, disse.
Entenda
Os vereadores declararam apoio a senadora após a repercursão de que ela teria se exaltado com o chefe da Casa Militar do Estado na Agrotins, quando na visita de Pelé, o governador Sandoval Cardoso foi barrado pela segurança do rei do futebol. Desde o dia do acontecido, há quase uma semana, o assunto foi calorosamente debatido nos executivos e rodas políticas pelo Tocantins.
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