Na Câmara, vereadores repercutem ataques a ônibus e violência na capital

Estacionamento rotativo continua sendo tema de debate e requerimento de urgência para suspensão é pedido.

Os ataques ocorridos na capital no último fim de semana foram abordados pelos vereadores na Câmara de Palmas na sessão desta terça-feira, 3. O vereador Claudemir Portugal (PPS) foi o primeiro a levantar o assunto. “Essa situação preocupa a gente, a população não sabe se pode ir e vir, usar esse direito. É lamentável isso, o nosso presídio não é mais uma simples CPP, esses criminosos tem ligação com presos distribuídos em todo o Brasil”, disse.

 

O vereador Lúcio Campelo (PR) fez abordagem à renúncia de Aragão ao cargo de vice-prefeito. A preocupação dele é o que acontece quando o prefeito está em viagem, como aconteceu na semana passada, quando o prefeito estava na Espanha. “Neste momento de instabilidade, que está instalado desde a semana passada, a sociedade precisa analisar a renúncia do Sargento Aragão. Como a pessoa renuncia a 50 mil votos? Na semana passada, mesmo com o prefeito viajando, que tenho certeza que estava tratando de assuntos de Palmas, do ponto de vista institucional ficamos desamparados. Não tinha ninguém para decretar situação de calamidade, se fosse preciso”, reclamou.

 

O vereador Junior Geo (Pros) argumentou e criticou o prefeito: “O vice-prefeito existe, e segundo a lei é o presidente da Câmara. E o prefeito deveria avisar a Câmara de suas viagense ele não avisa, nem pra onde vai. Nós ficamos sabendo por acaso”.

 

Estacionamento rotativo

Ainda na sessão desta terça-feira, 3, os vereadores não chegaram a votar o requerimento de urgência que pedia a suspensão do estacionamento rotativo na Avenida JK, por falta de quórum. O vereador Joaquim Maia (PV) fez o requerimento de emergência para suspender o estacionamento. De acordo com ele, “o que observamos neste mês é uma grande reclamação por parte dos comerciantes, resultando em perda de faturamento que pode gerar diminuição de empregados”, reclamou.

 

De acordo com Maia, “estacionamento rotativo significa que as vagas deveriam ser ocupadas pelos carros alternadamente, mas o que aconteceu foi a redução do número de carros. O que vemos são estacionamentos vazios. A população entendeu que o preço não cabe, o que vimos foi o esvaziamento dos estacionamentos.”

 

Campelo (PR) concordou e disse que “o comércio tem uma queda natural por causa do momento de crise, é uma vergonha essa cobrança deste preço”.

 

Mais uma vez, a relação institucional da Prefeitura com a Câmara foi questionada, pelo vereador Hiran Gomes (PSDB). “Embora a Prefeitura não tenha cumprido a relação institucional com a Câmara, deixando os vereadores de fora de reunião com os empresários, a Prefeitura está trabalhando e já acordou que o estacionamento precisa de mudanças. As relações institucionais devem ser preservadas”, ponderou.

 

Junior Geo (Pros) questionou as pesquisas sobre o estacionamento. “Na metodologia científica utilizada para fazer essas pesquisas, são entrevistados os usuários e não os que deixaram de usar. Temos que contratar a UFT ou o IFTO para elaborar um modelo de pesquisa e não essas que são utilizadas para divulgar a empresa, como se as pessoas estivessem felizes. A suspensão não é atendida pelo executivo pela confusão que o executivo está fazendo entre o público e o privado, porque o estacionamento só beneficia o privado, a empresa. Diversas licitações com valores absurdos, é o que norteia essa gestão”, argumentou.

 

Campelo foi de acordo com Junior Geo e até questionou a empresa: “A Prefeitura não cobrou nenhuma contrapartida do estacionamento, será que não é dele? O dinheiro de Palmas está saindo pelo ralo”. Ele ainda abordou que o prefeito Amastha cobrou contrapartida de empresas para atuarem em Palmas, como é o caso da Miracema.

 

 

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