Na casa de Marcelo, Kátia Abreu é recebida pelo PMDB em festa suprapartidária

Deputados federais e estaduais do PMDB, além de líderes e representantes do PR e PV foram à casa de Marcelo Miranda saudar a entrada da senadora Kátia Abreu no partido e seu retorno à oposição

Kátia e Marcelo: intenção é repetir 2006
Descrição: Kátia e Marcelo: intenção é repetir 2006 Crédito: T1 Noticias

 

O anúncio da filiação da senadora Kátia Abreu ao PMDB nas próximas 36 horas, conforme determina a legislação, transformou-se numa grande recepção supra partidária na casa do ex-governador Marcelo Miranda em Palmas.

 

Recebida por Marcelo, Dulce Miranda, pelos deputados Osvaldo Reis, Josi Nunes, pelo ex-senador e suplente de deputado federal Leomar Quintanilha, a senadora foi prestigiada ainda pela presença do ex-governador Carlos Gaguim, pelo ex-governador e prefeito de Paraíso Moisés Avelino, pelo suplente de senador, João Costa, agora no PR, pelo deputado estadual e presidente do PV, Marcelo Lélis, pela deputada Luana Ribeiro, representando o pai, senador João Ribeiro, pelo deputado estadual Eli Borges, entre diversas outras lideranças, entre as quais prefeitos e ex-prefeitos do PMDB.

 

“Não venho para governar o PMDB, não venho para ser senadora pelo PMDB, ou candidata a governadora. Venho para somar, para contribuir, para fortalecer a oposição contra o governo que aí está”, disse a senadora, entre aplausos dos presentes.

 

Decepção com Siqueira

 

Acompanhada do filho, Irajá Abreu, deputado federal que deixou secretaria no governo e assume a partir de hoje o comando do PSD no Estado, Kátia Abreu relembrou que permaneceu ao lado do ex-governador Marcelo Miranda até o último dia de seu mandato. “Nós não rompemos, estivemos juntos até o último dia”, relembrou, para acrescentar: “depois disto, fiz a opção que eu considerava a melhor para o Estado, movida pela lembrança de grandes feitos, de um jeito realizador de administrar. Mas infelizmente, votei e ajudei a eleger um e foi outro que assumiu o governo do Estado”, criticou.

 

Ela não poupou também o ex-senador Eduardo Siqueira, pré-candidato do governo à sucessão do governador. “Nossos filhos são importantes para nós. Mas o sonho de um pai em ver seu filho ser governador não está acima do povo e de todos nós. Além de ser filho é preciso merecer”, afirmou Kátia Abreu.

 

Defeitos e qualidades

 

A senadora também falou do seu jeito característico de ser. “Meus defeitos e minhas qualidades, meus amigos e meus inimigos conhecem. Mas há três coisas: eu não sou desonesta, eu não sou desumana, e minha palavra é uma só”, declarou, novamente entre aplausos.

 

Kátia Abreu lembrou que não poderia se filiar ao PMDB apenas pelo convite feito pela nacional e pelos colegas senadores. “Eu não viria se não fosse acolhida por este grupo, os autênticos do PMDB”, declarou.

 

Ela também agradeceu especialmente ao ex-governador Carlos Gaguim. “Estivemos em campos opostos. Por isto sua presença aqui é significativa para mim, e lhe serei eternamente grata”, disse.

 

Escândalo do Igeprev

 

A senadora fez duras críticas à maneira como o Estado tem sido conduzido e citou o escândalo do Igeprev. “Eu apenas cumpri meu papel de senadora, levando as denúncias que recebi à Polícia Federal”, disse ela. Ao T1 Notícias a senadora afirmou que não crê que o governador tenha conhecimento do que ocorria no Igeprev.

 

“Até onde conheço o governador ele não convive com este tipo de coisa. Tenho absoluta certeza de que ele não sabe o que era feito alí por pessoas da sua confiança”, declarou.

 

Marcelo e João Ribeiro

 

Acima dos interesses do PMDB, discursou Kátia Abreu, estão os interesses do Estado. “Quero dizer que minha preferencia para governador é Marcelo Miranda”, disse ela, bastante aplaudida. “No entanto, as eleições são ainda no ano que vem. Nada impede que o candidato seja o senador João Ribeiro, se estiver em melhores condições. Aqui está a deputada Luana, trabalhadora, para representá-lo”, afirmou.

 

Discursaram antes de Kátia, o deputado Osvaldo Reis, para recebe-la, e depois dela o ex-governador Marcelo Miranda. Ao final, falou Derval de Paiva.

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