Na lista de Fachin para investigação de caixa 2, Kátia nega participar de corrupção

Após Fachin aceitar delação e autorizar inquérito, Kátia Abreu diz que ainda desconhece teor de delação e que nunca participou de corrupção ou teve qualquer envolvimento com grupos fora da lei

Senadora Kátia Abreu é citada em delação
Descrição: Senadora Kátia Abreu é citada em delação Crédito: Marcos Oliveira

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito para investigar nove ministros, 29 senadores e 42 deputados federais. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, quatro delatores da Odebrecht afirmaram, em delação premiada, que a empreiteira fez repasses de R$ 500 mil para a campanha ao Senado de Kátia Abreu (PMDB-TO), por meio de caixa dois. A senadora, por meio de nota à imprensa negou as acusações de envolvimento no esquema.

 

Autorizado por Fachin, que é relator da Lava Jato, os depoimentos de Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, da Odebrecht, embasaram o pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República.

 

Nas delações, a peemedebista era registrada no ‘Departamento de Propinas’ da construtora com o codinome ‘Machado’, e as negociações foram intermediadas pelo marido senadora, Moisés Pinto Gomes.

 

“As operações foram efetuadas por meio do Setor de Operação Estruturadas do Grupo Odebrecht, estando identificada pelo codinome ‘Machado'”, aponta Fachin.

 

Ainda segundo a reportagem do Estadão, Fachin observa que os delatores “relatam o pagamento de R$ 500 mil, divididos em duas parcelas de R$ 250 mil, repasses ocorridos em setembro e outubro do ano de 2014, em encontros no Hotel Meliá Jardim Europa, em São Paulo.

 

Kátia se defende

A senadora Kátia Abreu disse que ainda desconhece o conteúdo da decisão do ministro Fachin, e que não tem neste momento, “elementos suficientes que me permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o meu marido".

 

A senadora, no entanto,afasta qualquer relação com o esquema. "Afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei”, garantiu.

 

Kátia ressalta que está “à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta”.

 

Veja nota na íntegra:

 

NOTA À IMPRENSA

A respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal, que autorizou abertura de inquérito para investigar nove ministros, 29 senadores e 42 deputados federais, na qual o meu nome é citado, declaro que:

 

Lamentavelmente, por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho, neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta.

 

Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha defesa.

 

Senadora Kátia Abreu                        

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