Nacional baixa resolução e PPS deve ter candidatura própria e ser oposição no TO

Mário Lúcio Avelar esteve na reunião com a cúpula nacional e a orientação é para que sigla tenha candidatura própria e de oposição ao atual Governo. Avelar disse que já não há diálogo com Dertins...

Procurador da República, Mário Lúcio Avelar
Descrição: Procurador da República, Mário Lúcio Avelar Crédito: T1 Notícias

A executiva nacional do PPS se reuniu e decidiu que o posicionamento da sigla no Estado é de oposição ao atual Governo. Uma resolução foi baixada e a cúpula nacional decidiu: o PPS vai ter candidatura própria e será oposição.

A informação é do pré-candidato a governador pelo PPS, procurador da República Mário Lúcio Avelar, que se encontrou com a cúpula nacional do partido na terça-feira, 3, em Brasília.

“Foi feita uma análise da conjuntura nacional e de diversas situações vivenciadas nos Estados brasileiros. A ideia é que no Tocantins se precisa de uma oposição ao que está aí”, disse o pré-candidato. Mário Lúcio ainda reproduziu as palavras ditas pela cúpula: “A visão do PPS Nacional é o que o Governo que está aí é uma franja na oligarquia”.

A avaliação feita pelo procurador da República é que o Governo atual representa a impossibilidade de “o Governo disputar. Pela inconsistência e pela enorme rejeição que está aí. É nada mais nada menos do que uma manifestação e projeção dos valores que permeiam esse grupo” e alfinetou: “não mostra nenhuma inovação”.

As críticas ao Governo não foram poucas. Durante a entrevista ele citou promessas de melhorias na saúde e educação que não foram cumpridas e afirmou que o “Tocantins vive uma situação que é a seguinte: saiu da barbárie e foi à decadência, sem passar pela civilização”.

Avelar afirma que a Nacional reconhece que o Estado necessita de uma candidatura progressista.

 

Crise

Mário Lúcio Avelar representou o Estado na reunião com a cúpula. O presidente do partido no Tocantins, deputado Eduardo do Dertins, não esteve presente segundo disse o pré-candidato.

Ao falar da discordância entre a direção nacional e o presidente da sigla no Tocantins, que aponta direcionamento diferente, de apoio ao Governo atual, Avelar disse que o PPS não vai se render aos interesses de uma pessoa.

“Temos grandes lideranças que não concordam com o processo de submissão. Um dos que não se coaduna com isso é o Manoel Queiroz. Outra liderança é o Paulo Sidney” e disparou: “Então, fazendo uma leitura, o partido não pode ser propriedade de um cidadão e não pode atender aos seus interesses”.

 

Sem diálogo

O pré-candidato ao Governo disse que já tentou diversas vezes conversar com o presidente do partido, deputado estadual Eduardo do Dertins, mas “foram em vão”.

Para ele o deputado está se submetendo a interesses de um grupo que não abre mão das nomeações de parentescos. Avelar disse que “o diálogo hoje está difícil de ser construído”.

Perguntado sobre a possibilidade de o partido chegar desunido nas convenções, Avelar afirmou que “é possível que aconteça. Tudo é possível”. Para Mário Lúcio Avelar, apesar das circunstâncias, existem muitos membros no partido que “não coadunam com essa ideia” e para ele: “essas são pessoas que não estão nos gabinetes”.

 

Coligações

Com a afirmação da candidatura própria e do posicionamento contrário ao atual Governo, o pré-candidato não descartou a possibilidade de o PPS Tocantins se coligar a outros partidos da oposição como PROS, PV, PMDB e outros. Avelar afirmou que o partido continua conversando com partidos da oposição e que pode sim, vir a coligar com algum deles.

A data da convenção do PPS no Tocantins ainda não foi definida. 

 

(Atualizada com correção às 9h35 do dia 06/06)

Comentários (0)