O Partido dos Trabalhadores (PT) no Tocantins elegeu o advogado Nile William Hamdy como presidente estadual da legenda. Ele venceu o Processo de Eleições Diretas (PED) com 1.848 votos, contra 1.064 recebidos por seu adversário, Diego Montelo, no segundo turno realizado neste domingo, 27. Ao todo, foram computados 2.965 votos, sendo 2.912 válidos, 19 brancos e 34 nulos. A posse está prevista para ocorrer em setembro.
Em entrevista ao Portal T1 Notícias, Nile avaliou que o partido sai fortalecido após a disputa interna. “Eu não tenho dúvida que o PT saiu foi gigante. A sociedade acompanhou o PED. A sociedade se interessou pelas discussões do PT. E a sociedade viu que o PT é um partido diferente da grande maioria dos partidos que estão aí, que tem uma democracia intensa, uma democracia viva, que, quando o PT discute o seu futuro, está discutindo o futuro do estado, está discutindo o combate à fome, está discutindo o desenvolvimento”, disse.
Para o novo presidente, o momento agora é de ampliar o diálogo com setores fora do partido. “Agora, como presidente da esquerda, a gente quer falar é para fora do PT. É conversar com todos os setores da sociedade tocantinense”
Ele defende também que o PT participe de forma ativa na construção de um novo projeto para o Tocantins. “Precisamos criar no Tocantins uma grande frente política que defenda o campo democrático popular de esquerda e viabilize e garanta um palanque forte para o presidente Lula”, ao concluir que a meta é ter candidatura própria do partido em 2026.
Sobre o futuro da sigla, Nile afirmou que pretende priorizar a unidade interna e superar as divisões que marcaram o processo eleitoral. Ele destacou que não guarda mágoas e que pretende trabalhar em conjunto com os ex-adversários. Segundo ele, o objetivo agora é construir coletivamente uma nova fase para o PT no Tocantins, com foco no fortalecimento da legenda.
Com relação ao posicionamento do partido diante do governo Wanderlei Barbosa (Republicanos), Nile defende que o PT assuma uma postura de oposição. “Eu entendo que o PT deve vir para a oposição porque não tem sentido participarmos desse governo [...] Mesmo sendo o partido do presidente da República, nós nunca fomos chamados para uma discussão verdadeira. Talvez até pela forma em que o PT foi gerido”, explicou.
Nile também declarou que a nova gestão buscará fortalecer a presença do partido de forma unificada. “Agora, na minha gestão, gente vai construir as participações do PT como um todo. O PT também não vai entrar em pedaços. Acabou esse fatiamento político do PT”, concluiu.
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