A maior repercursão na Câmara de Palmas na manhã desta quarta-feira, 26, foi em relação à ausencia do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), e a não transferência do cargo. Os vereadores da oposição estão propondo, segundo Iratã Abreu (PSD), que se faça uma emenda à Lei Organica do Município, para que o primeiro da linha sucessória da Casa, após o presidente da Câmara, assuma automaticamente a Prefeitura de Palmas caso o prefeito se ausente.
“Através de uma nova emenda podemos inciar o debate para que essa trava de segurança volte a nossa lei máxima, para que isso não se repita. A nossa propositura é que nós façamos uma alteração para que o prefeito comunique a esta casa e automaticamente o sucessor assuma o posto. Caso ele não queira, que o proximo da linha sucessória seja chamado”, justificou.
Iratã Abreu criticou ainda o fato de Emerson Coimbra (PMDB) não ter assumido a Prefeitura: “não assumiu por questões políticas”, disse ao lamentar que a visão que se tem do vereador é “de que ele não é digno de assumir a Prefeitura. É o que dizem por aí”.
O parlamentar lamentou ainda que o município esteja sem comando, já que o prefeito viajou, Negreiros não quis assumir e o primeiro da linha sucessória, o vereador Emerson Coimbra, não foi chamado.
As críticas ao prefeito não cessaram e as discussões ficaram mais acaloradas. Damaso (PR) afirmou que o prefeito pode se ausentar, mas que ele não tem o direito de deixar o município do jeito que deixou. Lucio Campelo (PR) argumentou que a infelicidade do Amastha foi ter escolhido o deputado estadual, Sargento Aragão (PROS), para ser seu vice. “Ele jogou fora todos os votos que a sociedade palmense deu para ele”, disse.
Joaquim Maia (PV) argumento que a Lei Orgânica deixa claro que o Emerson deveria ter assumido a Prefeitura, que era um direito seu, já que Negreiros não quis.
Iratã Abreu voltou à discussão e afirmou que o fato de Negreiros se abster de assumir a Prefeitura, “cabe questionamento jurídico”. O vereador Junior Geo (PROS) voltou a afirmar que Amastha errou ao não comunicar à Casa de leis sobre sua saída, “ele comunicou a pessoa, mas não a Casa” e disparou: “o prefeito já está passando da hora de sofrer um impeachment. Foram 57 dias de ausência só no ano passado”, criticou.
Em defesa
O vereador da base, Valdemar Junior (PSD), disse que o prefeito fez a sua parte em ter chamado o primeiro da linha sucessória, Negreiros, mas que como este não pode assumir por questões pessoais e com receio a legislação eleitoral, não se deveria falar dele sem ele estar presente.
“Não podemos colocar esse ônus nas costas do prefeito”, defendeu ao afirmar também que acha que a situação não fará nenhuma diferença na vida do verador Major Negreiros. Além disso, Valdemar Junior declarou que o prefeito tem o direito de só convocar outra pessoa para o cargo se ficar fora por mais de 15 dias.
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