O deputado estadual José Bonifácio (PR), ex-líder do governo na Assembleia Legislativa, disse que a secretária estadual da Cultura e presidente da Fundação Cultural, Kátia Rocha, "já está caída há muito tempo", apontando que a sua saída das duas pastas é imimente. O parlamentar afirmou ser contrário a criação da CPI da Cultura, mas disse que isso é inevitável após a divulgação dos valores das emendas parlamentares pagas pela Fundação Cultural a associações e municípios do Estado. Bonifácio acredita que a secretária já deveria ter pedido demissão em caráter irrevogável só de estar sob suspeita de irregularidades. A maioria dos deputados apoiam a criação da CPI da Cultura e não do Tribunal de Contas afirmando que a corte de contas não é alvo das investigações.
Se antes a base aliada defendia a secretária, agora eles estão reticentes em apoiá-la. Até o deputado estadual José Bonifácio (PR), ex-líder do governo na Assembleia Legislativa, que declarou que para ele, Kátia Rocha "está caída há muito tempo". Bonifácio disse que não é a favor da CPI, mas afirmou que o caso vai dar CPI. “A secretária deveria ter pedido demissão em caráter irrevogável só de estar sob suspeita”, declarou Bonifácio.
O deputado estadual Freire Júnior (PSDB) criticou a secretária afirmando que a CPI tem que ser da Cultura e não do Tribunal de Contas. "Quem tem que explicar os convênios e os hows realizados e não realizados não é o Tribunal e sim a Fundação Cultural", apontou.
Freire Jr disse também que a secretária publicar as emendas é uma afronta aos parlamentares. "O Governo não quis demitir ela uai. Está espenrando o quê? É uma afronta", reafirmou.
O peemedebista José Augusto Pugliesi também considerou a publicação das emendas como uma tentativa de intimidação dos parlamentares. Ele destacou que a secretária vai ter que ir à Assembleia para se explicar. "Ela vai aparecer, é crime se não vier. Ela devolveu o dinheiro e se devolveu é porque usou errado e tem que explicar", frisou o parlamentar.
Pugliesi considerou ainda que a secretária teve uma atitude de imaturidade ao "tentar pressionar a Assembleia Legislativa. Deputado não executa emenda. Quando ele coloca emenda numa pasta ele não assina cheque, não contrata cantor, não participa da execução da emenda. O deputado coloca o recurso para a pasta e a pasta é que vai ver a execução. Se isso não está acontecendo é incompetência dela.
O deputado Sargento Aragão (PPS) diz que se falar que a CPI é do TCE os outros deputados vão dizer que o Tribunal não tem nada a ver com isso. "Faz a CPI da Cultura que quem estiver com contrato envolvido vai entrar na investigação", disse Aragão apontando que a família do presidente do TCE, Wagner Praxedes, vai estar no meio da CPI.
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