Para o presidente regional do PPS, deputado estadual Eduardo do Dertins, a vinda do procurador federal Mário Lúcio Avelar anunciada para a próxima quinta-feira, 3, foi recebida “como mais uma filiação”.
Segundo o deputado o projeto do PPS, que vinha trabalhando o nome de Paulo Sidney como pré-candidato ao governo, continua o mesmo. "O Paulo Sidney é um nome que eu entendo que tem envergadura para concorrer à majoritária”.
Perguntado sobre o nome de Avelar para o Governo do Estado pelo PPS, o presidente desconversou. “No Tocantins o PPS tem uma militância feita na base, uma base sólida. A decisão da nacional é apoiar o Eduardo Campos e no Estado temos o mesmo ideal. O PPS recebe filiados todos os dias” e completou afirmando que no caso de Avelar “acredito que ele tem que fazer um trabalho no Estado. O caso do Mário Lúcio Avelar é mais uma filiação”.
Paulo Sidney apóia
Falando ao T1 Notícias por telefone, o ex-vice-governador do Tocantins Paulo Sidney, ao contrário do deputado, declarou que recebeu com alegria a notícia da filiação do procurador federal Mario Lucio Avelar ao PPS. Contudo, conforme Paulo Sidney, ainda não foi definida qualquer pré-candidatura. “Eu não sei se ele é candidato a governador, isso nós vamos conversar essa semana”, disse.
Ao contrário do que o deputado Eduardo do Dertins havia declarado recentemente ao T1 Notícias, de que o nome do ex-vice-governador era o projeto do PPS para 2014, Paulo Sidney disse que não tem interesse em se candidatar nestas eleições. “Não sou pré-candidato. Ontem ele estava com o presidente nacional que me ligou comunicando a filiação dele [Mário Lúcio] e eu fiquei feliz. O Tocantins ganha muito com ele”.
Paulo Sidney disse que o PPS o convidou para ser o nome do partido, mas que ele não tem essa intensão. “Estou cuidando da minha saúde. Eu agradeço a lembrança, fico honrado, mas não é o que eu estou pensando agora”. Ele afirmou que quer ajudar Mário Lúcio na empreitada.
Psol define rumo
Após o anúncio da ida de Mário Lúcio Avelar para o PPS, membros do Psol, que já haviam admitido que ter o projeto de ter o procurador como nome a Governo, declararam que precisam digerir o novo fato para tomar definir os rumos da sigla. Segundo o vice-presidente do partido, Luzimar Lopes, o Psol abriu as portas para o procurador, mas parece que o mesmo não acreditou no projeto. “O cidadão tem o direito de se filiar. Nós fizemos nossa parte, divulgamos o nome dele. Nós é que colocamos o nome dele na praça, mas parece que ele não acreditou em nós. Preferiu acreditar PPS e não podemos fazer nada. Nossas portar foram abertas para ele”, declarou. O vice-presidente disse ainda que da sua parte, o Psol não apoiará o PPS a não ser que seja uma diretriz da Nacional do partido.
Já para o presidente metropolitano do partido, Fábio Ribeiro, a escolha de Mário Lúcio foi uma questão de todo um contexto de onde ele está inserido. “Ele é do judiciário, que tem grandes personalidades nacionais no PPS e PSB. Tem um alinhamento nacional com a candidatura da Marina Silva e do Eduardo Campos, para quem deve fazer palanque no Tocantins”, disse.
Fábio Ribeiro declarou que o Psol se esforçou para trazer a filiação do procurador federal para a sigla e mesmo não tendo sido esta a escolha, o partido ainda tem esperança. “Nós reconhecemos o nome e a força que ele tem e a ideia sempre foi mostrar isso” e completou “a candidatura de Mário Lúcio muda a tônica da disputa eleitoral. Leva o processo mais para o debate de ideias, de projetos e propostas e a gente tentou construir essa alternativa no PSOL”, concluiu.
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