O ex-chefe de gabinete do ex-governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) e peemedebista Antônio de Pádua Soares Marques encaminhou representação ao presidente do PMDB no TO, deputado Junior Coimbra, solicitando a instauração de um processo ético disciplinar contra os deputados Iderval Silva e Vilmar do Detran.
Segundo Pádua os deputados citados teriam violado os deveres partidários, ferindo o Código de Ética da legenda, durante a votação na AL que rejeitou as contas referentes ao exercício 2009, dos ex-governadores Marcelo Miranda e Carlos Henrique Gaguim.
Pádua diz que, diferente dos outros dois parlamentares da sigla presentes, Josi Nunes e Eli Borges, os deputados Iderval Silva e Vilmar do Detran não fizeram sequer manifestação de apoio pela aprovação das contas. Pádua aponta que os parlamentares, inclusive, não constam na listagem divulgada pela imprensa com os nomes dos parlamentares que declararam voto pela aprovação.
“Pelo que foi verificado, e pode ser confirmado por outros membros do partido que se encontravam presente na referida sessão. Verifica-se que os mesmos infringiram o artigo 9º, III é IV, dos deveres dos filiados, constante do Estatuto do Partido, combinado com o artigo 8º, III e Vi, do Código de Ética”, aponta ele, que solicitou que a Executiva Estadual encaminhe seu pedido à Comissão de Ética e Disciplina, para as providências necessárias.
Deputados desqualificam pedido
Falando ao T1 Notícias o deputado estadual Iderval Silva (PMDB) disse não ter fundamento o pedido. De acordo com Silva, ninguém pode saber em quem ele votou já que a sessão foi secreta. “Ninguém pode falar dos 11 que ficaram calados. Não tem nem fundamento como uma pessoa pode acusar em quem eu votei se o voto foi em segredo?”, afirmou. Questionado sobre a reportagem se teria algum problema em revelar seu voto, o parlamentar disse que “o voto secreto. Se tem que ter segredo, não tem motivo para declarar. Estou consciente no que eu votei”, completou.
Já o deputado Vilmar do Detran (PMDB) declarou que não foi notificado ainda sobre o pedido, mas afirmou que se ele (Antônio Pádua) o fez, terá que provar as acusações. “Não é porque eu fiquei calado que quer dizer que eu não votei. Mas eu não tenho obrigação de falar, porque o voto é secreto”, explicou. Questionado pela reportagem se também poderia revelar o seu voto, Vilmar preferiu não se manifestar. “Eu vou manter a posição que mantive no dia da sessão”.
Sobre a relação no PMDB Iderval Silva disse que a relação está tranquila. O ex-governador Marcelo Miranda, no dia da votação de suas contas na AL, declarou que o parlamentar não quis cumprimentá-lo. Sobre uma possível crise dentro do partido o deputado peemedebista alegou que "é só só ele (Marcelo Miranda) me procurar. Ele não me cumprimentou (Na AL), a distância era igual para os dois. Ele não me cumprimentou porque vou cumprimentar ele", ressaltou Silva. Já Vilmar do Detran afirmou que não existe "crise no PMDB, mas sim divergências" e que "um entendimento dentro da sigla será buscado". Ele classicou a relação que mantém com os ex-governadores, como “boa”.
Confira o teor da representação no arquivo anexo:
(Atualizada às 12h54min)
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