Por oito a quatro, os vereadores da atual legislatura aprovaram margem de 50% para o prefeito eleito Carlos Amastha (PP) fazer remanejamento no Orçamento 2013. Votaram contra: Fernando Rezende, Lúcio Campelo, Milton Neris e José do Lago Folha Filho.
A votação foi tensa, e ocorreu após a emenda ser rejeitada na Comissão de Finanças. O vereador Valdemar Júnior, relator do Orçamento colocou a proposta em votação no plenário, obtendo a maioria que não conseguiu na comissão. A sessão foi suspensa após discursos contundentes, e a retirada da maior parte dos vereadores, impossibilitando o quórum.
No plenário Valdemar defendeu que Amastha precisava de um voto de confiança. “Quando vi que o prefeito novo tinha esse sentimento de mudança e que a população também pediu por essa mudança, acredito que ele precise que seja dado esse crédito”, afirmou Valdemar.
Folha insatisfeito
Após a votação Folha manifestou insatisfação com os demais vereadores que não foram reeleitos, mas aprovaram os 50%. "Não fui compreendido. Não foi dado esse aumento a nenhum outro prefeito. Peço aos colegas que fiscalizem também, pois não vão estar mais aqui, no entanto foram eles que aprovaram", afirmou.
Neris justifica
Na tribuna, Neris justificou seu voto. “Não há necessidade desse aumento, ele vai pegar a casa em dia, com dinheiro em caixa e com ótimas condições para trabalhar. Esta Casa esteve com as portas abertas desde o dia que ele foi eleito. Estamos dando uma grande contribuição”, afirmou.
Cavalcante ironiza
O vereador Cavalcante também não escondeu sua insatisfação e não perdeu a oportunidade de ironizar o voto da população. "Sou totalmente contra, mas foi o povo que escolheu, só me resta concordar. Uns falaram que ele é o grito de liberdade, outros de autarquia. Não concordo com nenhum. O povo disse que ele era o salvador da Pátria, então que paguem pela escolha", destacou.
Segundo Rezende, o aumento será motivo de destaque nacional. "Quando o prefeito Raul precisou remanejar a mais, nós estivemos aqui, então qual a necessidade de aumentar de 30% para 50%? Não tem minha aprovação. Não existe isso em lugar nenhum no mundo, vamos virar manchete nacional", destacou Rezende
Entenda
Reunidos desde às 16h na Câmara de Palmas, desta quinta-feira, 20, os vereadores não conseguiram entrar em consenso sobre a aprovação do remanejamento de verbas de 50% solicitado pelo prefeito diplomado Carlos Amastha (PP). A sessão estava marcada para iniciar as 17h. Segundo informações dos bastidores o vereador e relator da Lei Orçamentária de Palmas 2012, Valdemar Júnior (PR) pediu a a Comissão que aprovassem o aumento para que não houvesse retalhações de funcionários.
A sessão que foi iniciada por volta das 20h15 foi suspensa logo em seguida após o vereador Aurismar Cavalcante ter deixado o plenário e não havendo quórum para votação das matérias propostas. Estavam presentes na sessão os vereadores Jucelino (PTC), Fernando Rezende (DEM), Ivory de Lira (PT), Folha (PTN), Vânia Vidal (PDT) e Divina Márcia (PTN).
De acordo com o vereador Bismarque do Movimento (PT) a Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle, composta por ele, Campelo, Milton Neris, Folha e Valdemar Júnior. Votaram contra o aumento do reajuste Campelo, Neris e Folha. “Apenas eu e o Valdemar que votamos a favor, os outros três discordaram”, afirmou Bismarque.
Lúcio Campelo defendeu que não há necessidade do aumento, e apontou a perda da autonomia da Câmara em relação ao Executivo. “O orçamento que veio permite apenas 30% do remanejamento, uma vez que ele precise de mais é necessário que ele comunique a Câmara, se aprovar aí eu pergunto: Qual a necessidade”, questionou Campelo.
Neris que também votou contra argumentou “Não existe isso em lugar nenhum, preciso dormir com minha consciência limpa”.
(Atualizada às 9h 21/12/2012)
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