O pintor Francisco Filho Pereira Camargo, de Brasilândia, procurou o Ministério Público Eleitoral de Colinas para denunciar o prefeito de sua cidade, João Emídio (PSD), por irregularidades na administração municipal.
No MPE, Camargo acusa o prefeito de pagar despesas pessoais com cheques da prefeitura. Segundo relatos apresentados, ao prestar serviços de pintura em um hotel da cidade Camargo recebeu como pagamento um valor de R$ 50,00 em dinheiro e quatro cheques, que somente depois percebeu que eram da prefeitura. Em ambos, segundo o pintor, constavam nomes de outras empresas.
Conforme alegado por Camargo, ele percebeu que os cheques eram nominais quando procurou o banco em Colinas do Tocantins para efetuar o desconto, pois foi informado pela agencia que somente as empresas poderiam descontá-los.
“Acontece que quando fui procurar as empresas para autorizar a descontar os cheques, fui informado pelos gerentes que estes nunca haviam passado pelas empresas e que eles não tinham conhecimento do recebimento dos cheques. Voltei ao hotel onde fui informado pela proprietária que ela havia recebido os cheques do prefeito como forma de pagamento pela hospedagem dos músicos de uma banda que foi tocar na cidade no dia da posse, ou seja, o prefeito fez pagamento de despesas pessoais com cheques da prefeitura”, consta na ação.
Ainda segundo as denúncias, os cheques que estão assinados pelo prefeito e pelo secretário de Saúde de Brasilândia são quatro. Um no valor de R$ 103,81, outro no valor de R$ 120, 01, o terceiro no valor de R$ 105,00 e o último no valor R$ 101,00.
MPE explica
O promotor de Justiça Eleitoral, Guilherme Goseling Araújo, informou ao T1 Notícias que recebeu a denúncia e que irá oficializar a prefeitura para saber a finalidade da expedição dos cheques. Também segundo o promotor, outro ofício será encaminhado ao banco com a finalidade de saber se os cheques foram compensados.
Segundo o promotor, após obter essas informações, ele irá decidir se as denúncias são ou não procedentes.
Sem sucesso
O T1 Notícias tentou ouvir o prefeito de Brasilândia para que ele respondesse as acusações, mas não obteve sucesso. Caso o prefeito queira se manifestar sobre o assunto, o espaço continua aberto.
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