Prisões dos vereadores Folha Filho, Major Negreiros e Rogério Freitas são decretadas

Entre os mandados de prisão também está o do ex-vereador, Waldson da Agesp; até o momento, 15 pessoas foram presas, mas o vereador Folha Filho estaria em viagem

Mandados são cumpridos em gabinetes de vereadores
Descrição: Mandados são cumpridos em gabinetes de vereadores Crédito: Divulgação/WhatsApp

Das 26 prisões temporárias decretadas pela Justiça na 2ª fase da Operação “Jogo Limpo”, deflagrada nesta sexta-feira, 3, pela Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial Contra a Administração Pública, três são de vereadores da Capital: o presidente da Casa de Leis, José do Lago Folha Filho (PSD), Major Negreiros (PSB) e Rogério Freitas (MDB) tiveram prisão decretada por cinco dias. Mandados de busca e apreensão de equipamentos e documentos também são cumpridos nos gabinetes dos parlamentares, na Câmara de Palmas. Entre os mandados de prisão também está o do ex-vereador, Waldson da Agesp.

 

Os mandados foram expedidos pelo juiz Rodrigo da Silva Perez Araújo, da 1ª Vara Criminal de Palmas, ainda no último dia 30 de julho. Os alvos dos mandados estariam envolvidos em suposto esquema criminoso de desvio de verbas públicas, no valor total de cerca de R$ 7 milhões, através da realização de convênios entre entidades do terceiro setor e a Fundação de Esportes e Lazer de Palmas (Fundesportes), bem como a Secretaria de Governo e Relações Institucionais de Palmas, conforme informou a SSP.

 

Segundo a polícia, as investigações apontam que o dinheiro teria sido usado para financiar campanhas eleitorais em 2014. A verba seria destinada para projetos sociais e de incentivo ao esporte.Até o momento, 15 pessoas foram presas.

 

Em nota, a Câmara de Palmas esclareceu que “o presidente da Casa, vereador José do Lago Folha Filho, ao contrário do que foi noticiado pela imprensa, não está foragido, mas sim cumpria agenda política em Araguaína e já se desloca a Palmas para prestar os esclarecimentos necessários à Polícia Civil”.

 

Já Major Negreiros informou que está em viagem familiar, previamente agendada, e nesse momento está buscando a forma mais rápida de retornar ao Brasil e a Palmas para prestar os esclarecimentos às autoridades responsáveis pelo caso, reiterando sua total confiança na justiça e nas instituições.

 

Também por nota, a Prefeitura de Palmas informou ao T1 que "está à disposição da Justiça e da investigação para contribuir com qualquer esclarecimento, caso seja demandada".

 

Policiais civis cumprem 31 mandados de busca e apreensão e 26 mandados de prisão temporária contra presidentes de associações, empresários, servidores públicos e políticos. Essencialmente, empresas fantasmas emitiam notas fiscais frias para justificar despesas e serviços não realizados na prestação de contas dos convênios, sendo que os valores recebidos eram supostamente desviados pelos envolvidos.

 

A operação conta com o apoio de 40 delegados de polícia civil e mais de 110 policiais civis de delegacias regionais. Uma coletiva à imprensa será concedida pelos delegados que atuaram na operação, às 10h, na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Palmas, para revelar mais detalhes sobre o caso.

 

Confira imagens da operação:

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