O Programa Municipal de Capoeira agora é lei em Palmas. A proposta, de autoria do Coletivo Somos, foi publicada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira, 15, e estabelece políticas públicas voltadas para o desenvolvimento, a promoção e a valorização da capoeira como manifestação cultural, esportiva e educacional.
A Lei nº 3.276/2025 garante que o município promova ações voltadas à inclusão social, respeito à diversidade e educação integral, além de incentivar o acesso à capoeira para crianças, adolescentes, adultos e idosos. Entre os principais objetivos do programa estão a criação de um centro cultural e de memória da capoeira, o incentivo a programas sociais e projetos de preservação da cultura capoeirista, e a articulação com escolas públicas e privadas para a realização de aulas práticas e teóricas.
O Mestre de Capoeira, Raphael Alves Vieira da Silva, conhecido como Mestre Cego, falou sobre a parceria com o Coletivo SOMOS para a formulação da lei e dos avanços da capoeira em Palmas. “No começo deste ano iniciamos junto ao Coletivo SOMOS esse diálogo de construção de leis e políticas públicas para a Capoeira. O Programa Municipal de Capoeira foi construído através dessas reuniões. Assim, no decorrer do ano o secretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos de Palmas, Eduardo Azevedo, foi até Brasília buscar recursos para o fortalecimento dos grupos de Capoeira de Palmas e conseguiu uma emenda parlamentar que irá ajudar muito os grupos e espaços de ensino-aprendizagem da Capoeira em nossa cidade.
Portanto, através da atual gestão o fortalecimento dos grupos já começou e o Programa Municipal de Capoeira será a diretriz da caminhada para mais conquistas”, afirmou.
Para a vereadora Thamires Lima, porta-voz do Coletivo Somos, a sanção da lei representa um avanço importante para o reconhecimento da capoeira como ferramenta de transformação social e valorização da cultura afro-brasileira. “A capoeira é resistência, é cultura viva e instrumento de inclusão. Essa lei é uma conquista da comunidade capoeirista e um passo importante para consolidar políticas públicas que valorizam nossa diversidade e fortalecem a cultura popular”, destacou.
A covereadora Luciely Oliveira destacou a alegria pela conquista em favor dos capoeiristas de Palmas. “Temos feito um trabalho muito significativo com os capoeiristas da nossa capital. Pautamos as necessidades dos grupos na Câmara de Palmas e estamos colhendo os frutos dessa parceria. Palmas é uma cidade com diversos grupos e queremos que eles tenham a visibilidade e a valorização que merecem”, afirmou.
O Secretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos, e também integrante do Coletivo Somos, falou sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido com os grupos de capoeira em Palmas. “Hoje temos mapeados 27 grupos de capoeira, e esse número tende a aumentar. São muitas pessoas impactadas pela capoeira, seja na formação cidadã, na educação ou na promoção da cultura e da saúde. Essa lei reconhece o valor social e histórico da capoeira e fortalece o nosso compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira em Palmas”, destacou.
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