PT inicia operação para moralizar política e pretende expulsar membros 'infiéis'

O presidente estadual do PT informou que a sigla inicia uma espécie de operação para apurar infidelidade partidária e expulsar membros.

Júlio César diz que infidelidade o envergonha
Descrição: Júlio César diz que infidelidade o envergonha Crédito: Bonifácio/T1Notícias

O Partido dos Trabalhadores (PT) no Tocantins está desenvolvendo uma operação para expulsão de membros que tenham agido com infidelidade partidária nas eleições de 2014. Segundo o presidente estadual da sigla, Júlio César Brasil, a executiva do PT está apurando diversos casos de infidelidade de parlamentares e de dois prefeitos, o de Esperantina e de Riachinho.

 

Para Júlio Cesar, “é preciso moralizar a política” e o primeiro passo é o trabalho para garantir a fidelidade partidária. “Se a gente acredita que é possível melhorar por meio da política, não podemos aceitar posturas mercenárias”, pontuou o presidente ao informar que muitos membros foram seduzidos financeiramente.

 

De acordo com o presidente, todos aqueles que agiram com infidelidade partidária devem sofrer a abertura de uma sindicância interna e ser submetidos à análise da executiva estadual.

 

Segundo ele, os pedidos são submetidos à análise e caso sejam acatados, como aconteceu com os prefeitos Fransérgio Alves, de Riachinho e Albino Xavier, de Esperantina, os membros do partido têm cerca de 15 dias para apresentarem a defesa, que então é submetida novamente para análise da executiva estadual, que dá o veredito.

 

“A chance de eles continuarem no PT é muito pequena, pois tornaram público o apoio aos adversários políticos do partido nas eleições e em breve esta decisão deve ser tomada”, informou Júlio ao destacar que muitos casos ainda vão ser analisados. “Vêm muita coisa por ai ainda”, disparou.

 

Criminalização da política

Durante sua entrevista ao T1 Notícias, o presidente estadual do PT ressaltou que a política partidária é “criminalizada” nos dias atuais e, para ele, este é um trabalho da “grande mídia”.

 

“Ao contrário do que vem sendo colocado, nós acreditamos na política como um instrumento democrático para a nossa sociedade avançar e, por isso, precisamos agir dentro do nosso próprio partido. Se um membro não tem postura adequada, como ele pode contribuir com a democracia?”, pontuou.

 

Para Júlio César, quando os políticos não tem postura ética, são eles mesmos quem sujam a imagem dos partidos e da representação partidária. “A gente também contribui para que a sociedade pense que somos uma cambada de oportunistas e, quanto à postura desses cidadãos durante a campanha eleitoral, isso nos envergonha”, finalizou.

 

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