O presidente estadual do PV, deputado Marcelo Lelis, o presidente estadual do PT, Júlio César Brasil, e o presidente do PSDC, professor Adail, e demais lideranças se reuniram na manhã desta terça-feira, 24, para anunciar a coligação das siglas para as eleições de outubro. O nome do senador Ataídes Oliveira (PROS) foi citado várias vezes como um desafio para composição.
Os líderes admitiram que as conversações com o PROS não estão avançadas, por isso o senador não esteve presente. Mas a presença do deputado Sargento Aragão, que é do partido de Ataídes, deu mais impulso aos presentes. Marcelo Lelis disse que “a presença de Aragão, sem querer pressioná-lo, sinaliza que temos desafios” e admitiu: “o PROS é um aliado em potencial e vamos buscar esse desafio”.
Da mesma forma o ex-presidente do PT, Donizeti Nogueira, reafirmou que a composição não irá desistir do senador Ataídes. Ele também afirmou que não vai deixar de “dialogar com Amastha (PP), embora o partido dele já esteja em outra”. Donizeti defende uma composição capaz de superar as divergências “no diálogo, no debate político, na discussão das ideias. O momento que o Estado vive é muito dificil, poderia chamar de crise institucional”, avaliou.
O PMDB é outro partido que a composição afirma estar conversando, “esperamos que o PMDB se resolva em suas crises internas e também lute”, disse Donizeti.
Candidatos
O presidente do PV disse que o objetivo claro da coligação com o PT e PSDC se dá em função da necessidade da construção de um novo caminho. O anúncio do candidato a governador da composição deve ser feito no dia da convenção do PT, dia 29.
“Existem três partidos e os três têm candidatos a governador e ainda queremos que o senador Ataídes também sente e converse”, disse Lelis.
Ainda sobre Ataídes, Donizeti Nogueira afirmou que o senador entrou em contato e marcou um encontro para esta quarta-feira, 25. “Nós não abrimos mão desse diálogo. Acreditamos que será possível”.
Sem Mourão
Paulo Mourão não esteve presente no encontro. Segundo o presidente do PT, Júlio César Brasil, o pré-candidato do partido ao Governo não pode comparecer, mas autorizou a falar em nome dele. Segundo o presidente, Mourão está disposto a abrir mão de ser o candidato a governador.
Em entrevista ao T1 Notícias ontem, Mourão adiantou que não estaria presente no evento, mas que apoiaria qualquer decisão tomada pelo presidente do PT.
Palanque para Dilma
A composição irá fazer o palanque para a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Segundo Donizeti Nogueria a composição terá uma comissão própria para coordenar e administrar a campanha da presidente no Estado. “Nós não temos nenhuma dificuldade já que a candidatura dela será uma supra candidatura”.
Segundo turno
Durante a reunião, Lelis disse que é fato que as oposições estarão unidas caso tenha segundo turno nas eleições de outubro. Mas que o momento é de acreditar que esta composição é a apresentação de uma alternativa de mudança para o Estado.
Composição
Julio César Brasil disse que “chegamos a conclusão de que este é o melhor caminho. Daqui está nascendo um grande progresso para o Tocantins”.
O presidente do PSDC declarou que já sentiu a necessidade de reunir forças para ir ao enfrentamento de tudo que está acontecendo e reforçou a força da composição.
Marcelo Lelis defendeu que a aliança foi construída nos princípios mais saudáveis da política. “Nós discutimos exaustivamente o futuro do Estado nessas conversações. Nós representamos essa aliança, que irá fazer um palanque forte para a presidente Dilma. Uma mudança real e concreta para os tocantinenses”.
O deputado ainda fez críticas a atual gestão ao afirmar que o Estado vive um caos. “Na 'in'segurança pública, mais de 30 cidades sem um policial militar, um rapaz morre após esperar por atendimento na porta do HGP, eu assisti o vídeo. Lá em Araguaína da mesma forma”, citou. Para ele, o Tocantins precisa de ter sua capacidade de investimento aumentada e “essa aliança quer mudar e vai mudar essa história política do Tocantins”, declarou.
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