O Partido Verde voltará a se movimentar em reuniões pelo Estado a partir do final de semana, para mostrar a musculatura do partido nas bases e pleitear no próximo ano a indicação da vice-governadora Cláudia Lélis a uma das vagas do Senado, ou ainda a permanência na posição de vice na chapa de Marcelo Miranda à reeleição.
O recado foi dado em café da manhã promovido pela vice, que preside o Partido Verde no Estado, com jornalistas políticos dos principais veículos da capital. “Viajo amanhã para um encontro com nosso presidente Pena, na nacional do PV, para colocar nosso projeto para o ano que vem”, disse a vice-governadora aos jornalistas.
O PV promoverá 20 reuniões regionais pelo Estado, levantando os nomes de que o partido dispõe para compor chama proporcional. “Queremos disputar uma vaga de deputado federal e formar bancada na Assembléia. Quando o partido se aliou ao governador Marcelo Miranda nas eleições de 2014, era outra situação, outra conjuntura, e de lá para cá nós só crescemos. Disputamos 26 cidades e vencemos em 13”, lembrou Cláudia Lélis.
O partido conta ainda com um bom números de vereadores e tem seus quadros assediados por representantes de outras legendas.
Caso Elvira gerou saia justa com Vicentinho Jr.
Vendo o grupo governista crescer nos últimos meses com a aproximação do PR e do PRB, além de acenos do PSDB do senador Ataídes Oliveira, o PV reagiu com descontentamento à movimentação do deputado federal Vicente Jr., que fez um convite e levou nos últimos dais para o PR, a prefeita de Nazaré, Maria Elvira Chagas de Araújo para o seu partido.
“Nossa política é de somar, não de dividir. Queremos que o grupo aumente em torno da candidatura do governador, mas o PV não aceita esse tipo de comportamento, e eu deixei isso muito claro”, disse Cláudia Lélis. Segundo a vice-governadora, o partido tem recebido tratamento positivo do governo para resolver as demandas de seus municípios e o governador entendeu o constrangimento causado com este tipo de comportamento em sua base. “Na verdade o governador não quer tratar de sucessão agora. Ele entende que eleição é tema para o ano que vem e que nós temos este ano que trabalhar para dar respostas à população que nos elegeu. Eu entendo, e respeito. Sigo com meu trabalho como vice-governadora, mas o PV precisa se movimentar para garantir o seu espacó”, esclareceu.
Sem grandes caciques n o partido, o PV não atraiu deputados estaduais, e perdeu o ex-deputado federal Freire Jr., que retornou aos quadros do PMDB, mas essa característica não assusta, segundo Cláudia Lélis. “De fato temos bons quadros técnicos, como você colocou o caso da secretária Meire, do Meio Ambiente, mas também temos excelentes companheiros, quadros que se destacam nas suas regiões e que vão colocar seus nomes. Eu entendo que é um momento novo, que está propício ao surgimento de lideranças jovens. O PV tem esse diferencial”, finalizou Cláudia.
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