Representantes de empresários e deputados criticam política tributária do Estado

A audiência ocorreu sem a presença de representantes do governo do Estado e a ausência do secretário da Fazenda, Paulo Antenor de Oliveira, que havia sido convidado para o encontro, foi criticada

Ausência de secretário da Fazenda é criticada
Descrição: Ausência de secretário da Fazenda é criticada Crédito: Foto:Benhur de Sousa

Uma audiência pública realizada na tarde desta terça-feira, 13, na Assembleia Legislativa, debateu incentivos ao comércio em crise. Na ocasião, representantes dos comerciantes e empresários do Tocantins protestaram contra a carga tributária. A audiência ocorreu sem a presença de representantes do governo do Estado e a ausência do secretário da Fazenda, Paulo Antenor de Oliveira, que havia sido convidado para o encontro, foi criticada pelo autor do requerimento da audiência, deputado Wanderlei Barbosa (SD).

 

Sobre o não comparecimento do governo, o presidente da Comissão de Administração, Trabalho, Defesa do Consumidor, Transporte, Desenvolvimento Urbano e Serviço Público, deputado Zé Roberto (PT), informou que o secretário será convocado, e não mais convidado, em uma próxima reunião.

 

Tributos

Para o presidente licenciado da Associação Comercial de Palmas (Acipa), Kariello Coelho, a política tributária do Estado está errada. “O Tocantins não é um estado industrializado, mas o Governo onera, ao invés de estimular, as indústrias. Hoje, abrir uma empresa é uma insanidade. Nós [os empresários] queremos pagar tributos, mas tributos justos”, disse.

 

A tributação também foi criticada por Cleide Brandão, que representou a Associação Brasileira de Locadoras de Veículos (Abla). Ela mencionou comerciantes que, na informalidade, possuiriam carros e casas, enquanto os que pagam os impostos corretamente lutam para sobreviver.

 

O auditor fiscal da Receita do Estado, Jorge da Silva Couto, lembrou que a classe já apresentou um conjunto de 50 medidas que, segundo ele, poderiam melhorar a arrecadação, mas que não foram atendidas pela Secretaria da Fazenda.

 

Os deputados também se manifestaram sobre o assunto. José Bonifácio (PR) informou que por mais que a arrecadação cresça, as despesas públicas, em especial as da folha de pagamento, sempre são maiores. Já Valderez Castelo Branco (PP), líder do governo na AL, posicionou-se favorável à revisão do Código Tributário com base em consultas à sociedade.

 

O presidente da Comissão, Zé Roberto, disse que o Brasil deveria seguir o exemplo das nações desenvolvidas e tributar a renda e as grandes fortunas ao invés do consumo. De acordo com o petista, o modelo atual em vigor penaliza os mais pobres.

 

(Com informações da Dicom/AL)

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