O senador João Ribeiro(PR), em contato telefônico com o Portal T1 Notícias no começo da noite respondeu as declarações do prefeito Carlos Amastha(PP) dadas em entrevista nesta sexta-feira, 7, em que lamenta a liberação dada por Ribeiro aos vereadores de seu grupo para que façam oposição ou não à gestão.
“Ele tinha que lamentar se eu dissesse ao grupo para romper. Eu apenas deixei os vereadores livres. Não faço política na base do eu quero, eu mando, eu posso”, afirmou o senador, de São Paulo, onde segue com seu tratamento de saúde.
Segundo João Ribeiro os vereadores o procuraram, cada um com um posicionamento com relação ao prefeito e ele os deixou à vontade. “Em 2010 eu apoiei o governador Siqueira Campos, mas não obriguei por exemplo, o deputado Stálin Bucar a me seguir. Talvez por isso eu tenha sido o político mais bem votado das últimas eleições, tenho amigos em todos os partidos e faço política com liberdade”, afirmou.
Liderança mantida
O senador afirmou ainda que o prefeito “se equivocou” ao avaliar que por estar se recuperando do transplante que fez, ele esteja enfraquecido, ou fora do cenário político. “Minha prioridade neste momento é cuidar da saúde, mas em 60 dias estarei de volta à Brasília, percorrendo ministérios, buscando recursos como sempre fiz. Na gestão passada fui o político que mais carreou recursos para Palmas, e vou continuar ajudando a capital, independente das declarações do prefeito”, sustentou.
Visita de Lélis
O senador citou entre as visitas que tem recebidos, políticos de diferentes partidos e tendências. “Hoje por exemplo recebi a visita do Marcelo Lélis e da Claudinha, ele demonstrando que tem muito carinho e respeito por mim. Coisas que a gente conquista no trato com as pessoas e que uma campanha não apaga”, desabafou.
João Ribeiro lembrou que logo após eleito, Carlos Amastha o procurou e que ele o levou a ministérios, o apresentou a autoridades do governo e recomendou aos vereadores eleitos no seu grupo que procurassem dar condições de governabilidade ao novo eleito.
“Minha parte eu fiz, agora não posso obrigar ninguém a nada. O vereador Lúcio por exemplo, entende que deve ser oposição. Já os vereadores Folha e Damaso, vem compondo a base. O que eu penso é que a relação com a Câmara é o prefeito quem tem que construir. Com respeito aos vereadores”, avalia.
Se pudesse dar um conselho ao prefeito, o senador disse recomendaria que ele tivesse cuidado com as palavras. “Um prefeito tem que ter cuidado com o que diz e equilíbrio no trato, sobretudo com a Câmara. Isso não é só ele, todo prefeito” – emendou - “mas se ele acha que estou fraco com certeza não vai querer ouvir conselho meu”.
“Quem tem Deus no coração e está numa recuperação como a que eu estou, com certeza não está fraco. Pelo contrário, tem muita força", finalizou.
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