Rocha Miranda se defende de operação da PF e diz que agiu dentro da legalidade

Em entrevista ao Portal T1 Notícias na manhã desta terça-feira, o deputado estadual Rocha Miranda nega todas as acusações e diz que fez tudo dentro da legalidade. "Essas coisas são muito relativas"

Rocha Miranda é um dos alvos da Operação da PF
Descrição: Rocha Miranda é um dos alvos da Operação da PF Crédito: Divulgação

Em entrevista ao Portal T1 Notícias na manhã desta terça-feira, 01, o deputado estadual Rocha Miranda (PMDB) falou sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal hoje. O ex-prefeito de Araguatins informou que, em cumprimento ao mandado de condução coercitiva, depôs na tarde de ontem na sede da Polícia Federal. Rocha Miranda disse que prefere não comentar ainda sobre o caso, mas disparou:  “é igual o PT diz: tudo que eu fiz foi dentro da legalidade”.

 

O deputado afirmou que ainda vai ler o que diz o inquérito, mas já se defendeu. “Nego 200% essas acusações, mas não vou comentar nada enquanto eu não tiver certeza. Porque esse 'disse me disse' que teve desvio, o papel vai e prova o contrário. Essas coisas são muito relativas”, afirmou o parlamentar.

 

Operação Full House

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 01, a Operação Full House que investiga possíveis fraudes em licitações e desvios de recursos públicos federais na contratação de 11 obras na cidade de Araguatins. As supostas fraudes teriam ocorrido durante a gestão do ex-prefeito e atual deputado estadual, Rocha Miranda.

 

Ao todo estão sendo cumpridos 24 mandados judiciais expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região nos municípios tocantinenses de Araguaína, Araguatins, São Bento do Tocantins, Palmas e também em Imperatriz/MA, sendo, 14 de mandados de Busca e Apreensão e 10 de Condução Coercitiva. Participam da operação cerca de 60 policiais federais.

 

De acordo com informações da Polícia Federal, a investigação revelou a existência de um esquema criminoso que operava desvio de recursos públicos federais através de fraude em licitações que ocorriam a partir de três empresas criadas e mantidas por pessoas ligadas por relações de parentesco e amizade com o prefeito.

 

Uma das empresas tem como responsável o genro de Rocha Miranda. A outra empresa tem como responsável o ex-secretário municipal de Administração, atualmente assessor parlamentar do deputado. A terceira empresa, segundo a PF, teria sido criada apenas para participar das fraudes nos processos licitatórios daquele município.

 

Entre as 11 obras, algumas foram concluídas, porém a maioria encontra-se inacabada, tais como 3 creches do programa Proinfância, um posto de saúde e a casa da cultura de Araguatins. O desvio calculado em razão das obras não concluídas é de mais de 4 milhões de reais.

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