O governador Sandoval Cardoso (SD) chegou à coletiva de imprensa do prefeito Carlos Amastha (PP) no final da tarde desta quinta-feira, 26, acompanhado do deputado federal Ângelo Agnolin, mas não confirmou que ele seja o candidato a vice-governador na sua chapa ao Governo. Sobre o apoio de Amastha, Sandoval declarou que “ele ainda não decidiu e deixou essa emoção para amanhã [sexta-feira]”.
“Nós vamos descobrir isso na segunda-feira, na nossa convenção. Exite uma discussão em torno de alguns nomes e espero que a gente possa resolver essa discussão sem nenhum desentendimento”, disse Sandoval desconversando sobre Agnolin ser seu vice.
Agnolin também desconversou a indicação. Disse apenas que a vontade é muita, “é um sonho” e que se a possibilidade vier será bem vinda. “No entanto o governador precisa de liberdade para fazer essa escolha para facilitar a eleição em seu todo”, disse. Ele disse que “não fez nenhuma articulação para conseguir o cargo”.
Eduardo Gomes ao Senado
Ao falar sobre a possibilidade de o deputado federal Eduardo Gomes ser o candidato ao Senado, Sandoval disse que “o governador fez a carta, mas ele continuará a ser uma pessoa que ajuda. Estamos discutindo a questão do Eduardo da mesma forma que estamos discutindo a do vice-governador”. Já Amastha desconversou a afirmação que havia dado anteriormente, de que em palanque com Siqueira ele não subiria, ao falar do possível apoio caso o candidato seja Eduardo Gomes.
“Eu nunca diminui a imagem do ex-governador Siqueira Campos” e declarou: “ele foi o único que teve a capacidade de recuar nessa familiocracia que estávamos enfiados nos últimos 25 anos, quando retirou seu nome a candidato a senador, nome fortíssimo, e o senador Eduardo Siqueira Campos também ter retirado o seu nome da majoritária”.
Amastha não perdeu a oportunidade de alfinetar a senadora Kátia Abreu: “veja se as outras famílias pensam desta forma. Um dizendo que vai ser sua esposa [o candidato]; uma mãe que diz que é meu filho, meu outro filho, mas só ele [Siqueira] tinha condição de dar esse presente ao Tocantins".
Ele afirmou que Siqueira Campos deu a oportunidade da oxigenação política do Tocantins com sua saída do cenário e que não subiria em palanque com ele naquela época, justamente porque ele não estaria deixando a política oxigenar.
Amastha com Sandoval
Amastha disse que caminha para apoiar Sandoval, mas não confirmou ainda o apoio. Ele disse que naquela época entendeu que o PP apoio de forma muito apressada o partido, “eu não mudei de ideia. Só achei precipitado, poderia ter esperado”.
As condições para que Amastha apoie Sandoval, segundo afirmou, estão na participação ativa de uma gestão conjunta entre o Governo e a Prefeitura de Palmas.
Uma reunião com membros do PP está marcada para esta sexta-feira, às 14 horas. O apoio a Sandoval deve ser anunciado ao fim do encontro. “Essa declaração de apoio pode acontecer amanhã [sexta-feira]”.
Outra condição exigida por Amastha para apoiar Sandoval é ter um palanque exclusivo para a presidenta Dilma Rousseff. “E ele fará campanha para o Aécio Neves. Eu não abro mão de ter um palanque único para a presidenta Dilma Rousseff. O meu grupo vai trabalhar com muito empenho nessa reeleição. Isso é uma exigência, queremos um palanque próprio do nosso grupo para Dilma”.
Ainda disse que o apoio condiciona uma agenda mínima de compromissos de gestão. O prefeito também negou que tinha condicionado o apoio a Sandoval se Andrino fosse o vice da majoritária. “Chegou a se ventilar isso no sentido de que seria bom se nós misturássemos o nosso DNA, mas [...] o Tiago tem o projeto dele”, para deputado federal.
Andrino declarou ao Portal T1 Notícias que não se trata de uma condicionante para o apoio. Apenas que o tempo do grupo do PP Metropolitano foi diferente do PP Regional. Ele negou a indicação a vice e disse que nesta 6ª o grupo deve ter seu posicionamento.
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