O coordenador de campanha da presidenta Dilma Rousseff (PT), José Santana, afirmou ao T1 Notícias nesta quinta-feira, 4, que um possível conflito causado pelas diferenças entre o prefeito de Palmas Carlos Amastha (PP) e a senadora Kátia Abreu (PMDB), está atrasando a vinda da presidenta Dilma Roussef ao Tocantins.
“Ela (Dilma) tem unidade em todos os lugares e tinha um conflito possível entre Amastha e Kátia aqui. O Amastha não queira que ela viesse a Palmas e subisse no palanque com a Kátia no Taquari”, contou o prefeito. Santana disse que soube que Amastha estaria chateado após ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, ter participado do comício no palanque da senadora no bairro.
Segundo o coordenador, no entanto, Amastha não está mais na campanha da presidenta Dilma Rousseff. “Quando nós fomos convidados para fazer a campanha, eu ele e o Ronaldo Dimas, eu me reuni com eles para tratarmos da vinda da presidenta, mas ele achou que o ministro não devesse fazer evento com a Kátia, principalmente no Taquari. Eu soube pela imprensa. Se ele ao menos tivesse me ligado, a gente ia conversar”, afirmou Santana.
Desde o comício Santana afirma não ter conseguido contato com o prefeito de Palmas e por isso afirmou que acredita que Amastha tenha deixado a campanha da presidente.
Esvaziamento de reunião
Supostamente chateado, o prefeito de Palmas teria agido para esvaziar uma reunião com os prefeitos e o ministro da Justiça na capital. “Ele pediu para o gabinete dele ligar para todos os prefeitos para dizer que ele não ia, de maneira dissimulada. Eu entendi que era uma tentativa de esvaziar a reunião”, contou Santana.
Mesmo com os problemas, Santana afirmou que pediu a coordenação nacional da campanha para trazer Amastha de volta para campanha da presidenta e afirmou que continuará tentando, também, trazê-lo de volta. “Não quero ser culpado pela perda do apoio dele, a gente quer que ele trabalhe com a gente”, garantiu.
Amastha admite que deixou campanha
Ouvido pelo T1, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, admitiu que deixou a campanha da presidenta Dilma Rousseff no Tocantins, mas não deixou sua base. “É absolutamente falso. Fico do lado da presidenta até o último dia. Não participo mais da campanha. Não vou pedir votos para nenhum outro candidato a presidente. E o meu voto e o dos meus companheiros é Dilma”, afirmou.
Rebatendo o que disse José Santana, Amastha justificou que deixou a campanha porque "a atitude do coordenador e outros membros não foi nada amigável para com o prefeiro na visita do ministro".
Segundo o prefeito, o evento era para ser uma reunião com os prefeitos, suprapartidária de a apoio a presidenta, "e terminou sendo um comício de xingamentos contra o prefeito" e disparou: "o PT, num projeto louco de fazer uma primeira suplência, sacrificou o projeto maior que seria a eleição da presidenta Dilma, uma pena".
Ele negou que tenha tido restrições com alguém. "Apenas queria que tívessemos madurez de abraçar um projeto maior" e afirmou: "tinha tudo para, juntos, darmos para a presidenta a maior eleição proporcional do Brasil".
Dilma no TO
A presidenta Dilma Rousseff deve vir ao Tocantins em breve segundo afirmou o coordenador de campanha da presidente no Estado, José Santana (PT).
Santana disse que num primeiro momento não há data definida, mas que nesta quinta e sexta, 4 e 5, se reúne com a coordenação nacional da campanha para tratar do assunto. O prefeito de Colinas, licenciado, disse ainda que vai deixar os coordenadores a disposição para escolher a melhor data da vinda da presidente, que vai tentar trazê-la a Palmas, mas que tem como opções também Araguaína e o Bico do Papagaio, onde há grupos com que Dilma Rousseff se identifica. “Ela virá para um grande evento”, assegurou.
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