Secretário da Fazenda detalha dívida acumulada de R$ 1 bilhão e 360 milhões no Estado

Sandro Armando avaliou á longo prazo o pagamento da dívida do estado. Prioridade da gestão de Carlesse será pagar as dívidas do mês.

Secretário da Fazenda apresentou dívidas do governo; Débitos ultrapassam R$1 bi
Descrição: Secretário da Fazenda apresentou dívidas do governo; Débitos ultrapassam R$1 bi Crédito: T1 Notícias

A pedido do governador interino Mauro Carlesse, o secretário de Estado da Fazenda, Sandro Armando, apresentou para a imprensa algumas das dívidas do estado, divididas por áreas. O secretário informou que o levantamento dos débitos ainda não foi concluído, mas que já é possível traçar um panorama  dificultoso para o estado. Dívidas apuradas já somam mais de R$ 1 bilhão e 360 milhões.

 

O primeiro débito apresentado por Sandro Armando foi referente aos empréstimos consignados dos servidores públicos estaduais, no valor de R$ 182 milhões. “Foi descontado um valor da parcela do salário do servidor e não foi repassado para o banco. Isso gera um problema para o Estado e para cada servidor, que fica impedido de fazer outros empréstimos”, explicou. O secretário garantiu que os repasses não foram feitos às instituições financeiras e não é sabido o destino dado dessa arrecadação.

 

As dívidas junto ao Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (IGEPREV), órgão responsável pela concessão de benefícios previdenciários de servidores efetivos, por aposentadorias ou pensões por morte, já ultrapassam R$ 350 milhões. “Só da folha de pagamento dos servidores, tem uma dívida em aberto de R$ 107 milhões. A dívida patronal, ou seja, aquela que o estado deveria recolher para o IGEPREV, relacionada ao salário dos servidores, é de R$ 244 milhões”, expôs explicando que esses valores são referente ao mês de abril e as dívidas negociadas anteriormente, estão sendo pagas.

 

A dívida com o PlanSaúde está acumulada em R$ 161 milhões, seguida por R$ 138 milhões em dívidas acumuladas pelas Secretaria de Estado da Saúde e R$ 136 milhões referentes ao Duodécimo, repasse constitucional de obrigação do estado. “O restante das pendências que nós temos junto à fornecedores, fontes de custeio e demais fontes que tem que ser pagas, chegam a R$ 345 milhões”, finalizou.

 

O secretário explicou que para solucionar o problema será necessário enxugar ainda mais a máquina, diminuindo custos onde for possível, além de dialogar a negociação das pendências. “O estado não pode parar, temos a responsabilidade e a determinação do governador, para que façamos todo o possível para resolver a situação. Estamos trabalhando quase 24 h por dia pra tentar solucionar as pendências que todas as pastas têm”, afirmou o gestor.

 

Sandro Armando avaliou  o pagamento da dívida do estado à longo prazo, e que a prioridade da gestão de Carlesse será pagar as dívidas do mês. “Durante a nossa gestão nós vamos pagar os fornecedores no mês. Quem fornecer para nós esse mês, receberá. E nos vamos equacionar a dívida passada, temos que negociar”, disse.

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