Sem convite para entrega de leitos, Wagner minimiza gesto e volta a cobrar obras

Fala do governador em coletiva institucional de entrega de leitos repercute em Araguaína e incomoda staff de Wagner Rodrigues. Prefeito minimiza e diz que entende governador mas cobra obras

Crédito: Divulgação

A passagem do governador Wanderlei Barbosa por Araguaína esta semana - numa agenda definida de última hora, conforme o secretário de Comunicação – para entregar 18 leitos no HRA, sem convidar o prefeito da cidade Wagner Rodrigues para participar da entrega, repercute no meio político desde o começo da semana.

 

Isso porque o governador declarou -  na mesma ocasião - apoio explícito ao deputado Jorge Frederico, em seu discurso no Hospital Regional, na corrida pela prefeitura da cidade. “O Jorge é o candidato do meu partido, é o meu candidato (...) vou buscar o apoio dos companheiros”, disse Barbosa, num trecho da coletiva que deu em resposta a uma pergunta da imprensa local.

 

O clima nos bastidores não é bom entre governo e prefeitura, depois de uma entrevista para a Gazeta do Cerrado, onde Wagner Rodrigues cobrou obras estruturantes do governo em Araguaína. O governo respondeu com uma lista de pequenas obras, reformas e ajustes. “Araguaína não aceita mais migalhas. Nem sei se posso dizer migalhas, mas coisa pequena”, resumiu o prefeito.

 

Falando com o T1 Notícias direto de Brasília, onde cumpre agenda de visita a senadores e à bancada tocantinense pela liberação de emendas, ele minimizou o ocorrido, embora seu staff tenha sentido o gesto do governador, como um “gelo”no prefeito em razão da fala dada na entrevista.

 

“Não gosto de picuinhas, nem tenho nada contra o governador”

 

Minimizando o fato de não ter sido convidado a estar presente na entrega dos leitos ele comentou a declaração de Barbosa sobre Frederico. “Eu entendo, é companheiro dele, estiveram juntos na eleição, é normal. Quando eu defendo investimentos para Araguaína também estou no meu papel”, argumenta o prefeito.

 

“Não gosto de picuinhas, não tenho nada contra o governador, nem pessoal nem politicamente”, registra, mas diz que seguirá no trabalho que está fazendo de reunir todo apoio possível para continuar construindo uma Araguaína para os próximos “10 a 20 anos”.

 

Estádio, anel viário e outras necessidades

 

Para Wagner o governo precisa levar grandes obras a Araguaína pelo papel fundamental da cidade na região. “Araguaína não é uma ilha, pelo contrário”- sustenta -  “está entre uma rodovia federal e uma estadual. O Hospital é uma obra que vem se arrastando já é o terceiro ou quarto governador que dá continuidade. Agora está andando mais rápido, mais ainda assim é obra antiga que vem desde o Marcelo Miranda”.

 

O Estádio da cidade, gerido pelo Estado -  e que está sub-utilizado - também é uma necessidade apontada pelo prefeito. “Eu cobro soluções que são importantes para nossa cidade. Estamos melhorando em todos os aspectos para atrair não só investimentos, mas que as pessoas queiram morar aqui”, mdiz.

 

Wagner aponta que o estádio está precisando de uma grande obra de recuperação, que o governo do Estado deve assumir e fazer.

 

“Mesma coisa o anel viário do Daiara. Ele fez a TO, quem vai fazer o restante do distrito? sou eu, e é uma obra que vai custar uns R$ 6 milhões de reais. Agora o anel viário, não precisa de documento meu para fazer. É obra deles”, argumentou.

 

A disputa político partidária, é normal segundo o prefeito, porém não pode afetar a relação institucional, governo e município.

 

Procurado o secretário de Comunicação do governo minimizou qualquer desgaste. “Realmente é praxe convidar os prefeitos da cidade e até mesmo da região. Acontece que esta foi uma agenda feita apenas horas antes e não houve tempo para convites formais (...) mas o prefeito de Araguaína sempre será muito bem vindo nos eventos institucionais do Governo em Araguaína e região”, disse Márcio Rocha.

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