Senadora Kátia Abreu pedirá intervenção no PMDB: Geddel já adiantou que apoiará

Coimbra retomou partido disposto a tirar legenda da senadora Kátia Abreu na convenção. Ação não foi informada à Nacional e fere dois pontos do acordo fechado em Brasília e registrado em ata...

Kátia Abreu: intervenção no PMDB
Descrição: Kátia Abreu: intervenção no PMDB Crédito: Divulgação

A senadora Kátia Abreu(PMDB) prepara pedido de intervenção no Diretório Regional do PMDB, após a antecipação do retorno do deputado Júnior Coimbra(PMDB) à presidência do partido, atropelando acordo registrado em ata pela Executiva Nacional do partido.

 

Na semana passada, em um jantar na casa do Senador Waldemir Moka,  com a presença de Geddel Vieira Lima, a senadora chegou a abordar com ele a situação do Tocantins, uma vez que Coimbra e seu grupo já vinham afirmando nos bastidores que não dariam legenda para que ela dispute o Senado.

 

“O Geddel foi muito claro comigo. Disse, Kátia, sou contra intervenção, mas num caso desses se ele descumprir o acordo, eu apoiarei, porque uma coisa que eu tenho é palavra”, narrou a senadora por telefone na noite de ontem ao T1 Notícias.

 

No registro da Ata da Reunião da Executiva Nacional que selou o acordo, o presidente Valdir Raupp fez constar que o Tocantins permaneceria sob observação e que em caso de descontentamento com a condução  do processo partidário/eleitoral por parte do presidente interino, Leomar Quintanilha, a Executiva avaliaria a reclamação.

 

Passando por cima de Raupp

 

O ex-senador Leomar Quintanilha(PMDB) disse ao T1 Notícias na noite de ontem que Coimbra não só não o informou da intenção de retornar, como também não comunicou o presidente da legenda, Valdir Raupp.

 

A Marcelo Miranda, no começo da semana,  Coimbra foi taxativo: “não daremos legenda para a senadora disputar reeleição”.

 

Para retomar o comando, Coimbra provocou uma reunião da executiva apenas com aliados seus e lavrou uma ata, que apresentou ao TRE para suspender a senha que dá acesso ao cadastro de diretórios e comissões, que havia sido criada pela assessoria de Leomar.

 

Pressão palaciana

 

Nos bastidores uma informação curiosa circulou nos últimos dias: a de que Coimbra estaria sendo cobrado por um acordo anterior e até ameaçado de resultado negativo no julgamento de suas contas da Assembléia – que ainda tramitam no TCE – caso não retomasse o comando do partido, para inviabilizar a candidatura de Kátia Abreu.

 

Sobre Marcelo Miranda, o deputado tem dito que não confia nas suas condições de elegibilidade.

 

Dito candidato

 

Para derrubar a senadora na convenção, o grupo de Coimbra deverá lançar o empresário Dito Farias e não o ex-governador Carlos Gaguim, que tem outros problemas de elegibilidade além das contas, novamente julgadas pela Assembléia para liberá-lo. 

 

A possibilidade de cancelamento do registro de novos diretórios anunciada pelo grupo de Coimbra, foi rechaçada ontem pelo assessor de Quintanilha que fez os registros junto ao TRE. “Eles estão achando que nós fizemos comissão provisória? Não, minha querida, nós fizemos foi diretório, como manda a lei e o regimento. Quero ver derrubar”, afirmou Antônio Pádua.

 

Também nos bastidores o grupo de Coimbra se mostra confiante em que mesmo com intervenção, conseguirá manter-se no comando da legenda, uma vez que o julgamento da questão será feito pela justiça comum, no TJ do Tocantins.

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