Um dos alvos da operação Pontes de Papel, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 6, no Tocantins e em mais quatro estados, o ex-governador Siqueira Campos se pronunciou por meio de nota enviada por sua assessoria, informando que estará sempre à disposição da Justiça para prestar os esclarecimentos que forem necessários.
“Como homem público ele não se esquiva de responder qualquer questionamento. Palmas e o Tocantins conhecem as pontes construídas por Siqueira Campos, como as da cidade de Paranã, Lajeado, Barra do Ouro e a ponte da Integração Nacional, ligando Palmas à BR-153 e ao Brasil”, informou a nota.
Ainda acordo com a assessoria, “José Wilson Siqueira Campos sempre cumpriu seu dever de Governador ao buscar recursos para investimentos no Estado, mas jamais foi ordenador de despesas, gestor de contrato ou responsável por medições de responsabilidade técnica. Existe farta jurisprudência sobre esse tema. Ainda assim, ele jamais deixará de contribuir e esclarecer o que lhe for possível”.
Operação
Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 6, equipes da Polícia Federal do Tocantins foram para as ruas de Palmas para cumprir mandados de condução coercitiva expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Conforme apurado pelo T1 Notícias, entre os alvos desta fase da operação estariam o governador Marcelo Miranda, o ex-secretário de Infraestrutura Brito Miranda e o ex-governador Siqueira Campos.
A Operação Pontes de Papel investiga fraudes licitatórias, peculatos, corrupções ativas, passivas, crimes contra o sistema financeiro, fraudes na execução de contratos administrativos e cartel “praticados por organização criminosa infiltrada no Governo do Estado com a finalidade de desviar recursos públicos”, disse a PF. Estes valores deveriam ser destinados à execução de obras públicas de construção de pontes e rodovias no estado. Os valores gastos pelo Estado nas obras investigadas chegaram a R$ 1,4 bilhões, dos quais estima-se que foram desviados cerca de 30% dessa quantia.
A PF apurou, durante as investigações, que havia nas fraudes sempre o envolvimento de um núcleo político, um núcleo de empresários e um núcleo de servidores públicos e funcionários, estando nesse último incluído os membros da comissão de licitação, fiscais, diversos comissionados e funcionários de empresa.
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