STF arquiva investigação contra Kátia Abreu; 'sempre tive certeza da justiça'

Por 3 votos a 1, a Segunda Turma do STF decidiu arquivar o inquérito que investigava a senadora pelo suposto recebimento de recursos não contabilizados na campanha eleitoral de 2014.

Senadora Kátia Abreu diz que nunca duvidou que a justiça seria feita
Descrição: Senadora Kátia Abreu diz que nunca duvidou que a justiça seria feita Crédito: Divulgação

O Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou um inquérito contra a senadora do Tocantins, Kátia Abreu (PDT), candidata a vice-presidente na chapa do Ciro Gomes (PDT). “A investigação tramita há um ano e meio, mediante sucessivas prorrogações, sem que quaisquer elementos de prova tenham sido apresentados pelos delatores. Sempre tive certeza do arquivamento e nunca duvidei que a justiça seria feita",  disse a senadora em declaração ao T1 Notícias logo após a decisão datada desta terça-feira, 11. Ela ainda completou que sua confiança na Justiça permanece "inabalável".
 

 

Por 3 votos a 1, a Segunda Turma do STF decidiu arquivar o inquérito que investigava a senadora pelo suposto recebimento de recursos não contabilizados na campanha eleitoral de 2014. O pedido de arquivamento foi feito pela defesa da parlamentar.

 

A investigação foi aberta em abril de 2017, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), com base em depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empresa Odebrecht. De acordo com os relatos, teriam sido recebidos na campanha R$ 500 mil.

 

No julgamento, o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, votou pelo arquivamento das investigações, por entender que a apuração não avançou até o momento e está baseada "em informações contraditórias dos delatores".

 

"Após 15 meses não se conseguiu reunir indícios minimamente suficientes, considerando excesso de prazo, sem elementos mínimos", disse Mendes.

 

O voto de Gilmar Mendes foi acompanhado pelos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Edson Fachin votou contra o arquivamento. Celso de Mello não participou da sessão.

 

Durante o julgamento, o subprocurador da República Juliano Baiochi, representante do Ministério Público Federal (MPF), disse que o caso não pode ser arquivado porque há diligências pendentes, como uma perícia no sistema de informática Drousys, usado pela empreiteira para registrar os pagamentos supostamente irregulares a políticos.

 

(Com informações da Agência Brasil - EBC).

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