Terezona retorna à Câmara Municipal de Araguaína através de liminar

A vereadora que teve o seu mandato cassado por abuso de poder político e de autoridade conseguiu na justiça o direito de retornar ao cargo enquanto recorre à cassação do seu diploma.

Sessão extraordinária de posse da vereadora
Descrição: Sessão extraordinária de posse da vereadora Crédito: Ascom

Na tarde desta quinta-feira, 12, a vereadora Terezinha Gomes da Silva (PR), conhecida popularmente como Terezona, tomou posse na Câmara Municipal de Araguaína, após conseguir liminar que lhe dá o direito de retornar ao cargo de vereadora. Terezona teve o seu mandato cassado e foi declarada inelegível por oito anos através de decisão publicada no Diário da Justiça no dia 05 de dezembro.

De acordo com o filho de Terezona, Israel Gomes da Silva, “a vereadora é consciente que a lei e a justiça servem pra obedecer, mas a mesma lei que a retirou do cargo é a mesma que a reconduz”, justificou.

Sobre as acusações que resultaram na cassação do mandato da vereadora, Israel é direto: “tendo certeza de sua inocência, entramos com um recurso para que ela pudesse responder as acusações com o mandato. Essas acusações são infundadas. As testemunhas de acusação afirmaram que nem ao menos conheciam a vereadora. Fizemos o que a lei determina e conseguimos a liminar para voltar”, explica.

Em nota a Câmara Municipal de Araguaína informou que no final da tarde desta quinta-feira, 12, em sessão extraordinária, a vereadora Terezona foi reconduzida à seu cargo.

 

Nota

A Câmara Municipal de Araguaína, sob presidência do Vereador Marcus Marcelo, hoje no final da tarde, em sessão extraordinária, reconduziu ao cargo de vereadora, a senhora Terezinha Gomes da Silva (Terezona) conforme liminar expedida pelo excelentíssimo senhor Juiz Mauro José Ribas. Ela permanecerá no cargo enquanto recorre da cassação.

A parlamentar foi cassada no último dia 4 de dezembro pela juíza Juliane Freires Marques sob a ação de abuso de poder político, econômico e de autoridade na eleição de 2012.

 

Entenda o caso

Através de uma denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) a vereadora juntamente com seu filho, Alberto Gomes da Silva, ex-diretor administrativo do Hospital Regional de Araguaína (HRA) e sua sobrinha Genir Lopes, assistente administrativo do HRA, foram acusados de montar um esquema de favorecimento eleitoral em prol da vereadora onde a mesma conseguia “agilizar” atendimentos no HRA visando se beneficiar politicamente.

Após a denúncia a juíza Eleitoral de Araguaína, Julianne Freire Marques, diante dos fatos analisados, compreendeu que o gabinete da vereadora estava servindo como facilitador para que pacientes pudessem realizar exames e consultas de forma mais ágil, oque foi entendido como sendo abuso de poder político, em função disso a vereadora teve seu mandato cassado.

 

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