Em entrevista ao Portal T1 Notícias, o deputado Tiago Dimas comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão das sobras eleitorais. Segundo ele, a decisão foi recebida com serenidade e com a certeza de que, ao reconhecer a validade de seu mandato e respeitar a democracia e o voto popular, a Justiça está sendo feita.
"Já esperava por este resultado. Afinal foram 42.970 votos na eleição e um evidente equívoco na distribuição da última vaga aqui no Tocantins. Não me restava nenhuma dúvida quanto ao êxito no STF, já amplo no mérito da matéria, tempos atrás, e agora na confirmação de que essa decisão vale também para a eleição 2022", observou Tiago Dimas ao explicar que aguarda a tramitação processual para que possa tomar posse na Câmara.
Sobre o futuro na Câmara, Tiago Dimas reforçou que tem uma ótima relação com todos da bancada federal do Tocantins e que as pautas em discussão e que tenham impactos para o Tocantins reforçam a necessidade de unidade da bancada. "Vou seguir buscando isso, mas claro que defenderei minhas ideais e minhas convicções", afirmou.
Entenda
Na última quinta-feira, 13, foi concluído o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a distribuição das sobras eleitorais. Por maioria, os ministros decidiram que a regra que inclui todos os partidos na divisão dos votos deve valer a partir das eleições de 2022. Com a decisão, Tiago Dimas assumirá a vaga de deputado federal pelo Tocantins pelo Podemos, em substituição a Lazaro Botelho (PP).
A ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, votou para revogar os embargos e defendeu que a regra só valeria a partir de 2024. Seu posicionamento foi acompanhado pelos ministros André Mendonça, Edson Fachin, Luiz Fux e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Já o ministro Flávio Dino divergiu e argumentou que os efeitos da decisão deveriam retroagir a 2022, posição compartilhada por Cristiano Zanin, Kássio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Em 2022, Lázaro Botelho foi eleito com 13.688 votos. No entanto, com a nova interpretação da regra de sobras, que permite a participação de todos os partidos na última fase da distribuição, Tiago Dimas, que recebeu 42.970 votos, retorna à Câmara dos Deputados.
A decisão do STF também afeta a composição da Câmara em outros estados. Parlamentares como Silvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Goreth (PDT-AP), Augusto Pupiu (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF) e Lebrão (União Brasil-RO) perderão suas cadeiras. Em seus lugares, assumirão Aline Gurgel (Republicanos-AP), Paulo Lemos (Psol-AP), André Abdon (PP-AP), Professora Marcivania (PCdoB-AP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Rafael Fera (Podemos-RO).
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