Por meio de nota enviada ao T1 Notícias no final da manhã desta quinta-feira, 14, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) informou que a operação da Polícia Federal (PF) que ocorre hoje em órgãos do Governo do Estado, inclusive no Palácio Araguaia, acontece em cumprimento a uma decisão judicial, emitida pela desembargadora Ângela Prudente, para apurar supostos crimes eleitorais ocorridos durante a eleição suplementar para definir o governador tampão do Tocantins até 31 de dezembro deste ano.
A Polícia Federal deflagrou no começo da manhã desta quinta, em Palmas, uma operação que corre em segredo de Justiça. Agentes da PF estão cumprindo mandados no Palácio Araguaia, especificamente nas Casas Civil e Militar, na Secretaria da Fazenda do Estado, na RedeSat e na Secretaria da Infraestrutura.
“Foram determinadas medidas para instrução do processo, que envolvem a necessidade de investigação e apuração de fatos através de procedimento instaurado no âmbito da Polícia Federal, que está cumprindo mandados de busca e apreensão, coleta de depoimentos e declarações”, esclareceu o TRE-TO.
Ainda de acordo com o TRE-TO, tramita na Justiça Eleitoral do Tocantins a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nº 0600384-25.2018.6.27.0000, da Relatoria da Corregedora Regional Eleitoral, que investiga os supostos crimes eleitorais.
No final de maio, a PF realizou a primeira etapa da Operação, no qual foram apreendidas mais de 8 mil páginas de documentos na Secretaria da Fazenda (Sefaz) e na do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden).
O TRE-TO afirmou, por fim, que neste momento é necessário “manter o sigilo, a fim de não prejudicar o procedimento de investigação”.
Mandados na RedeSat
O T1 apurou que a Polícia Federal esteve na sede da RedeSat para coletar evidências de um suposto crime eleitoral cometido pelo candidato na eleição suplementar e governador interino, Mauro Carlesse. A denúncia é de que uma equipe de sua campanha estaria supostamente utilizando a estrutura da rádio 96 FM Tocantins para produção de material de campanha. O presidente da Fundação, Wagner Coelho, deve prestar depoimento ainda hoje na sede da PF.
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