As contas do exercício de 2010 do ex-prefeito Raul Filho (PT) foram aprovadas pela maioria dos votos em sessão extraordinária realizada na noite desta quinta-feira, 15, na Câmara de Palmas. Foram 16 votos favoráveis e um contrário. O ex-prefeito foi convidado para acompanhar a sessão e compôs a mesa, já no final do evento, após a votação.
A votação foi secreta e começou por voltas das 19 horas. 17 parlamentares, contando com o presidente da Casa, vereador Major Negreiros, participaram da sessão. A aprovação foi decisão quase unânime entre os presentes. Apenas Iratã Abreu e Jucelino não estavam presentes.
As discussões giraram em torno do relatório do procurador de contas Alberto Sevilha, que apresentou parecer diferente do apreciado pela conselheira Leide Mota Amaral. Ela recomendou a rejeição das contas, enquanto Sevilha, a aprovação.
Na tribuna, o vereador Lucio Campelo declarou que se solidariza ao procurador de contas do Estado, Alberto Sevilha. O parlamentar saiu em defesa de Raul após as declarações de Sevilha à imprensa, em que “ele afirmou que seu julgamento é técnico, enquanto o julgamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) é político”, disse Campelo.
O vereador pediu aos demais parlamentares aprovassem as contas. Da mesma forma, o vereador Damaso solicitou que os colegas aprovassem as contas de Raul Filho, ao defender a sua integridade como gestor. Os vereadores Folha, Joaquim Maia, Etinho Nordeste, Waldson da Agesp, Pastor João Campos, Marreco Moto Táxi, Jucelino, também manifestaram seus posicionamentos favoráveis a aprovação antes mesmo da votação.
Os vereadores comentaram acerca das contas dos ex-governadores Carlos Gaguim e Marcelo Miranda que foram rejeitadas na AL. “Não vamos cometer o mesmo erro da Assembleia”, disse o vereador Lucio Campelo.
Entenda
A Câmara recebeu do TCE dois pareceres do TCE: um da conselheira Leide Mota e outro do Procurador de Contas, Alberto Sevilha. A conselheira recomendou a rejeição alegando, entre os atos não esclarecidos ela aponta o “descumprimento do limite de transferência ao Legislativo o qual foi repassado maior, a ocorrência de défict financeiro e inconcistências nas demostrações contábeis”.
Já Sevilha afirma que “houve um equívoco” da conselheira em seu parecer. Ele pediu a aprovação das contas e, com cálculos, demonstrou que o repasse feito ao Legislativo estava dentro do limite.
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