O racha na base do prefeito Carlos Amastha ficou evidente durante a sessão desta quinta-feira, 22, quando os vereadores que integram o grupo votaram contra a criação da Agência de Águas. Os vereadores alegaram que o investimento no órgão não é mais importante do que investir em outras áreas da capital.
O vereador Rogério Freitas (PMDB) subiu à tribuna e afirmou em seu discurso que ninguém iria votar a favor da criação da Agência para agradar a gestão. Também do PMDB, o vereador Emerson Coimbra (PMDB) disse que esse é um momento ímpar de importância no parlamento e que no poder executivo e parlamento deve haver sintonia. Segundo o parlamentar, “o limite prudencial da Prefeitura já está estourado, não tem como contratar funcionários. Eu não sou oposição ao Prefeito, mas não vem com pressão pra cima de mim. Me pressionar pra votar numa coisa que não quero votar eu não vou fazer isso nunca”, afirmou o vereador.
Emerson Coimbra explicou a pressão existiu de uma forma indireta do Executivo pedindo para que os vereadores da base aprovassem o projeto, “mas não é bem assim, o colegiado é democrático cada um tem seu voto e optou por estar reprovando a criação”.
Sobre a possibilidade de rachar a base, o vereador disse que “é preciso um carinho maior do Executivo com os parlamentares. Sou da base do prefeito sim, mas precisa de mais diálogo com o legislativo”.
Em defesa de Amastha
O líder do Governo na Câmara, vereador Valdemar Junior (PSD), declarou que respeita as decisões dos colegas, mas que Palmas vai perder muito com a não criação da Agência de Águas.
Oposição
O vereador Joaquim Maia (PV) justificou que se absteve do voto pela “relação que tenho com a Saneatins, por ter trabalhado lá durante 15 anos da minha vida, eu entendi que pelo fato de ter esse vínculo muito grande com a empresa, mesmo afastado de lá, eu estaria correndo o risco de agir de maneira passional”, disse. Para Joaquim Maia, a oposição entendeu e respeitou a sua decisão.
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