Após a sessão da Câmara de Palmas na manhã desta terça-feira, 23, os vereadores da base e de oposição se reuniram com representantes do setor de comércio e serviços da região das Arnos e discutiram a fiscalização da Prefeitura da Capital. Os blocos são unânimes em afirmar que a administração municipal está rígida demais e que os prazos não são suficientes para sanar as irregularidades. Todos, parlamentares e comerciantes apontam que a cobrança do cumprimento da lei é legítima, mas pedem diálogo e discussão para a resolução dos problemas do Plano Diretor de Palmas.
Na reunião, vereadores governistas, em especial Gerson da Mil Coisas (PSL) que provocou o encontro, Folha (PTN) e Emerson Coimbra (PMDB) demonstraram estar ao lado dos comerciantes. Eles afirmaram que vão conversar com a Prefeitura para conseguir maior prazo para regularização e apontaram querer um debate sobre o setor. “Agora a fiscalização foi na região Norte e depois vai ser em toda a cidade”, disse Gerson acrescentando que o período de cinco dias é curto para sanar as irregularidades nos comércios.
Rediscutindo prazos
O vereador Folha disse que a ação de fiscalização é independente e que a Prefeitura não intervém. O também aliado da Prefeitura, Rogério Freitas (PMDB), declarou que os vereadores estão do lado dos comerciantes. Freitas destacou que quem fomenta a economia da Capital gerando emprego e renda são os comerciantes. “É só chegar meter a marreta, derrubar e pronto? Não, não é assim”, frisou Freitas acrescentando que não é só nas Arnos, região Norte de Palmas, que têm irregularidades, mas que na avenida Palmas-Brasil também existem comércios que avançaram na área pública do fundo dos prédios comerciais.
Para o vereador Emerson Coimbra (PMDB), a rigidez no prazo para regularização é o principal problema. Segundo ele, são cinco dias após a notificação. “Vamos discutir isso com a Prefeitura e o secretariado. O prefeito quer regularizar tudo desde os mototaxis, táxis, quiosques, mas é preciso de um ponto de equilíbrio”, declarou Coimbra.
Joaquim Maia disse que a casa vai buscar alternativas e o diálogo. E o presidente da Câmara, Major Negreiros, ponderou que existem problemas com a invasão das áreas públicas e destacou que a cidade tem que andar de forma ordenada.
Proprietária de um bar nas Arnos Antônia Venancio da Luz foi notificada por estar em situação irregular e reclama que o prazo de cinco dias não dá para resolver o seu caso. "A prefeitura está correta, mas o prazo é curto e não temos como resolver. Não posso ficar sem trabalhar", afirmou Antônia.
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