Vicentinho Alves faz leitura de relatório e Renan anuncia votação para esta 4ª

Com isso, o prazo de 48 horas para a votação do relatório em plenário começa a contar e a previsão é que a sessão de análise da matéria seja iniciada nesta quarta-feira, 11

Senadores em sessão ontem
Descrição: Senadores em sessão ontem Crédito: Foto: Moreira Mariz

O senador Vicentinho Alves (PR-TO) foi designado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e fez ontem a leitura em plenário das conclusões do relatório do senador Antonio Anastasia favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, o prazo de 48 horas para a votação do relatório em plenário começa a contar e a sessão de análise da matéria será nesta quarta-feira, 11. O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que o Plenário vai iniciar a análise da admissibilidade do processo de impeachment às 9h desta quarta e deve concluir o procedimento no mesmo dia.

 

Segundo Renan, seu plano é começar a sessão às 9h e seguir o seguinte cronograma: suspensão às 12h, retorno às 13h, interrupção novamente, desta vez às 18h, e então a votação às 19h, de maneira eletrônica. De acordo com o senador, a expectativa é que 60 senadores se inscrevam para se pronunciar na sessão. Cada um terá de dez a 15 minutos - tempo exato será definido em reunião com os líderes dos partidos na tarde desta terça. Líderes partidários, porém, acham provável que a sessão dure mais de 10 horas, por causa da possível manifestação da defesa de Dilma, do relator e das chamadas questões de ordens, que são questionamentos regimentais feitos pelos senadores.

 

Se depender do Renan, os líderes não vão orientar suas bancadas. "Não vai haver encaminhamento de líderes, porque durante esse processo eu achei que não era pertinente o líder orientar a bancada", disse.Se a admissibilidade for aprovada pelos senadores, a presidenta será imediatamente afastada por até 180 dias, enquanto o Senado voltará a analisar no mérito se Dilma cometeu crime de responsabilidade e deve ser definitivamente impedida.

 

Leitura do relatório

A restrição da leitura às conclusões do relatório provocou protestos por parte dos senadores governistas. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) requisitou que Vicentinho fizesse a leitura completa do relatório e reclamou que a redução fere o direito de defesa. “Por que essa pressa? Será que num processo dessa gravidade os senadores não podem sentar e ouvir o relatório inteiro?”.

 

O presidente, no entanto, manteve o procedimento de leitura e comunicou que as cópias do relatório seriam entregues aos senadores para que todos pudessem ter conhecimento do inteiro teor do documento.

 

Momentos antes da leitura, Renan respondeu às questões de ordem apresentadas pela base governista, que tinham a intenção de adiar a leitura e a votação do relatório da Comissão Especial do Impeachment, e rejeitou todas.

 

Votação

 

Vicentinho

Primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado, caberá a Vicentinho a tarefa de notificar a presidente de seu afastamento, caso o processo seja admitido. De acordo com reportagem divulgada pelo jornal Folha de São Paulo no domingo, 8, o senador Vicentinho Alves (PR-TO) votará a favor da abertura do processo de impeachment.

 

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