A notícia de que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vem à Palmas para participar de um evento do Partido Social Cristão (PSC), nesta quinta-feira,16, às 15h, na Assembleia Legislativa, mobilizou os movimentos populares LGBT’s e de Direitos Humanos que se manifestaram contra a postura do deputado considerado conservador e reacionário.
Quando o também polêmico deputado Marco Feliciano esteve em Palmas, o movimento pretendia organizar um protesto pacífico para externar a indignação dos militantes de movimentos populares às atitudes do deputado Bolsonaro na Câmara Federal.
Cristian Ribas, membro do Coletivo Enegrecer e do Conselho Nacional dos Direitos Humanos disse que as entidades “repudiam o fundamentalismo religioso e a apologia à Ditadura feita pelo deputado Bolsonaro”.
“O Bolsonaro é um parlamentar que tem como característica um discurso de ódio contra as minorias. A vinda dele cumpre o papel de organizar ideologicamente um dos setores mais conservadores e reacionários da politica tocantinense”, afirmou Cristian Ribas.
“Os movimentos sociais de uma forma geral repudiam a presença do deputado Bolsonaro no Tocantins, que vem num cenário, onde cada vez mais a homofobia é responsável pela violação do direito à vida da comunidade LGBT, e com discurso contra os direitos humanos busca se institucionalizar a partir de políticas públicas”, ressaltou Ribas.
O membro do Movimento Universitario de Diversidade Sexual (Mudas), Brendhon Andrade disse que militantes de movimentos populares devem realizar um protesto pacífico em frente à Assembleia durante o evento com a presença de Bolsonaro. “Assim com quando recentemente o deputado Marco Feliciano veio em Palmas, a gente organizou um ato pacífico, e a agente fez uma manifestação em frente à Assembleia para mostrar que a gente não coaduna com o posicionamento conservador e fundamentalista do deputado. E com o deputado Jair Bolsonaro deve ser a mesma reação”, disse o militante.
“Ambos os deputados representam na Câmara jumentalíssimo religioso, e além disso, faz apologia a ditadura militar. E a gente compreende que a democracia é o melhor meio para respeitar a diversidade e portanto a gente repudia ele, tanto no incentivo à ditadura quanto no incentivo ao fundamentalismo religioso. Porque a gente entende que a casa legislativa não deve impor uma religião em detrimento de outras”, disse Brendhon.
Conselho de Ética analisa representação contra Bolsonaro
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados pode instaurar um processo contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A representação, apresentada pelo Partido Verde (PV), acusa o deputado de fazer apologia à tortura ao homenagear o coronel Brilhante Ustra durante seu pronunciamento na sessão que determinou a abertura do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Na sessão, ocorrida no dia 17 de abril, Bolsonaro dedicou o voto à "memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff’".
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