Vitral responde por Educação, Danilo é cotado e sindicância pode visar Berenice

Prefeito de Palmas, Carlos Amastha, manda instaurar sindicância para apurar aliciamento de servidores em campanha política. André Vitral assume Educação interinamente e Danilo de Melo é cotado

Ex-secretária de Educação, Berenice Barbosa
Descrição: Ex-secretária de Educação, Berenice Barbosa Crédito: Bonifácio/T1Notícias

A saída da professora Berenice Barbosa da Secretaria Municipal de Educação continua provocando forte movimentação política na base do prefeito Carlos Amastha esta semana. O secretário executivo, André Vitral assumiu interinamente o comando da pasta, enquanto a mini reforma é concluída, mas no Paço Municipal a informação é que o professor Danilo de Melo(PSB), que dobrou com Tiago Andrino na reta final em Palmas já foi convidado. Amastha teria sondado antes a ex-deputada federal Nilmar Ruiz para assumir a pasta, mas ela não teria interesse em deixar a consultoria que faz para dedicar-se a cargo público neste momento.

 

Uma sindicância publicada no Diário Oficial logo após Berenice Barbosa entregar o cargo é o assunto nos bastidore esta semana. Em off, uma fonte do Paço disse ao Portal T1 que o objetivo seria de identificar movimentação da ex-secretária da pasta em benefício do deputado estadual reeleito, Wanderlei Barbosa. Nesta semana, após o vereador Lúcio Campelo afirmar em tribuna que a culpa de os mais de 500 professores estarem sem receber seus salários seria da ex-secretária, o irmão, vereador Marilon Barbosa(PSB) e até o vereador José do Lago Folha Filho se prontificaram a defender a ex-secretária.

 

Também nos bastidores a informação é que Berenice Barbosa teria deixado de assinar contrato temporário de 500 professores por temer as consequências legais do ato, uma vez que não concordava com a contratação. As contratações teriam sido realizadas através indicações políticas realizadas pela base de Amastha, num sistema de cotas envolvendo os vereadores da base e o então candidato, Tiago Andrino. Berenice não teria assinado por não querer se comprometer, pois sabia que havia um concurso em andamento. A secretária não foi encontrada para confirmar ou não a informação. Ao irmão Marilon Barbosa, disse que não se pronunciará por enquanto à imprensa sobre o assunto.

 

Marilon diz que gestão contratou direto

 

A defesa realizada da tribuna da Câmara por Marilon Barbosa foi explicada por ele que disse que “geralmente culpam a ordenadora de despesa, mas não foi culpa dela (Berenice). Esses contratos são diretos da gestão. A frequência, ela mandava todo mês, mas é a gestão que tem o orçamento e que deveria realizar os pagamentos”, disse por telefone ao Portal T1 Notícias.

 

“Eu não vejo culpa na secretária. Se dependesse dela, ela faria o pagamento com certeza”, defendeu o vereador que considerou os atrasos um problema de burocracia. “A Berenice quis agilizar o pagamento, ela saiu e deixou tudo encaminhado”, e completou: “o atraso é a questão de burocracia que é grande. Teria que ser mais objetivo”, afirmou.

 

Sindicância esquenta ainda mais os bastidores

 

Logo em seguida à saída da secretária, o prefeito Carlos Amastha mandou instaurar uma sindicância e instituiu uma comissão para tal, "para apurar fatos noticiados nas redes sociais (Facebook) denunciando o aliciamento de Servidores Públicos Municipais em campanha eleitoral". A Portaria da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) foi divulgada no Diário Oficial de Palmas da sexta, 31.

 

Os servidores para compor a comissão já foram designados na mesma Portaria, em que também ficou deliberado que os membros terão dedicação exclusiva e poderão se reportar diretamente aos demais órgãos da Administração em diligências.

 

Quando concluída a etapa de investigação e identificada a falta funcional com o apontamento da autoria, a acusação será formulada em Termo de Indiciação, com caráter Processual, assegurando o direito da defesa. A comissão tem 30 dias a contar de 31 de outubro, prorrogável por igual período para a conclusão dos trabalhos. 

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