A quantidade de abstenções, votos brancos e nulos registrados na eleição suplementar para governo tampão do Tocantins, que ocorreu entre junho e julho deste ano, preocupou o Tribunal Eleitoral Regional do Tocantins (TRE-TO) e pode refletir nas eleições gerais no próximo dia 7 de outubro. No segundo turno da eleição suplementar, 51,8% do eleitorado, mais que a soma dos votos dos dois candidatos concorrentes, foi o total dos eleitores que não optou pelo voto útil.
Alguns portais de notícias nacionais chegaram a afirmar que o resultado do Tocantins seria um termômetro para as eleições gerais deste ano. Os números das últimas eleições indicam um crescimento dos eleitores que não escolheram nenhum candidato.
Na eleição de 2010, no Tocantins, dos 947 mil eleitores, 66 mil votaram nulo (8,6%), 13 mil em branco (1,7%) e 175 mil não compareceram às urnas (18,4%), somando 28% do eleitorado tocantinense. Com 996 mil eleitores aptos a votar, nas eleições de 2014 foram 19 mil votos em branco (2,4%), 78 mil votos nulos (9,7%) e 195 mil abstenções (19,6%), um total de 31,7%, com crescimento de quase 4%.
Para o procurador do Ministério Público Eleitoral do Tocantins (MPE), Álvaro Manzano, a quantidade de abstenções para as eleições gerais deste ano tendem a diminuir em comparação à suplementar, já que agora “temos candidatos a Deputado Estadual, que costumam mobilizar mais os eleitores”.
O procurador não quis comentar possíveis projeções sobre se a porcentagem do voto útil seguirá caindo em relação às eleições de 2010 e 2014.
Nesta eleição no dia 7 de outubro o eleitor votará em seis candidatos. Na hora de votar, o eleitor encontrará a seguinte ordem na urna eletrônica: deputado federal, deputado estadual, primeira vaga de senador, segunda vaga de senador, governador e, então, presidente da República.
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