Wanderlei diz que dor de cotovelo motivou ação: Lelis rebate e defende leis

Durante a sessão da Assembleia Legislativa da manhã desta terça-feira, 12, o deputado Wanderlei Barbosa disse que a ação movida pelo deputado Marcelo Lelis foi motivada por dor de cotovelo.

O deputado Wanderlei Barbosa (PEN) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 12, para falar a respeito da ação movida pelo deputado Marcelo Lelis (PV), que cobrava a prestação de contas do Carnaval 2013 de Palmas. Segundo o deputado, ele preferiu aguardar a decisão da justiça, que não acatou a ação, para se pronunciar a respeito. “Preferi aguardar para me pronunciar e a decisão da justiça está muito clara, mas quero mais uma vez lembrar que a realização do Carnaval foi terceirizada, que se buscou parceiros. Agora o que não entendo é que os mesmos que batem no prefeito Amastha, que realizou a festa, são os que acusavam o prefeito Raul Filho de não fazer a festa. Primeiro reclama porque não tem e se tem reclama também”, ressaltou Wanderlei.

 

“A festividade foi barata e foi com parceiros e o prefeito Carlos Amastha foi atrás por intermédio de seus assessores. Não passou pela contabilidade da prefeitura, pois os recursos eram dos parceiros”, alegou Wanderlei que alfinetou o deputado Marcelo Lelis. “Vejo reclamarem, mas não vejo colocarem nenhuma emenda para a cultura no nosso município. Acho que quem quer reclamar tem que realizar também”, frisou.

 

O deputado questionou ainda o posicionamento quanto a situações que envolvem o Governo do Estado. “Nós queremos as coisas claras, mas queremos que o mesmo comportamento possamos ter em relação ao Estado. Vi o governo fazer diversas dispensas de licitações e em nenhum momento pediram aqui esclarecimentos de algo. Não queremos que o prefeito Carlos Amastha não cumpra com suas obrigações, mas o mesmo tem que ser cobrado de todos os gestores”, disse Wanderlei, que declarou ainda que os vereadores que assinam a ação teriam sido usados e que a ação demonstra a “dor de cotovelo constante (por parte de Lelis) por ter perdido duas eleições seguidas”.

 

Lelis rebate

Ao responder o colega de parlamento, o deputado Marcelo Lelis (PV) também da tribuna disse que em nenhum momento se questionou a captação de recursos e sim a não prestação de contas dos mesmos. “A captação de recursos privados é um avanço que deve ter reconhecimento e em momento nenhum da nossa parte isto foi questionado, pelo contrário nós parabenizamos, mas não é disso que estamos falando. Estamos falando que um órgão público quando capta os recursos tem que prestar contas”, lembrou o deputado.

 

O deputado defendeu ainda que as leis devem ser respeitadas por todos. “Não é questão de deputado A ou B dizer que tem que ser assim ou assado, não é um prefeito dar entrevista dizer que não vai prestar contas. Nós vivemos em um país democrático de direito, que é regido por leis e segundo estas leis esse dinheiro tem que passar pelo processo natural de prestação de contas. Isso é fato”, afirmou Lelis.

 

O deputado questionou os motivos pelo qual o prefeito não realiza a prestação de contas. “Por que ele não diz quanto ele arrecadou e como gastou? Isto é muito simples, para acabar com a polêmica é só ele dizer quanto arrecadou e quanto gastou. Não vejo qual é o problema nisto? Agora ele marca coletiva e desmarca, depois marca de novo para dizer que não vai dizer nada”, argumentou o deputado, que lembrou que vereador Joaquim Maia (PV) apresentou requerimento por meio da Câmara solicitando a prestação de contas e não foi respondido.

 

Ao finalizar o deputado afirmou ter orgulho dos processos eleitorais que viveu e adiantou que uma nova ação já estaria pronta, para cobrar que a prestação de contas seja feita. “Nada neste mundo, neste pais ou nesta cidade vai me fazer deixar de fazer o meu trabalho. Em respeito aos 52 mil votos que tive, vou continuar fazendo meu trabalho. Tenho muito orgulho de todas as eleições que vive, das três vitórias e duas derrotas, e é em respeito a todos os eleitores tocantinenses que vou continuar fazendo meu trabalho”, concluiu o deputado.  

 

Bonifácio também comenta

Quem também comentou o assunto na tribuna da AL foi o deputado José Bonifácio (PR), que declarou: "o deputado Wanderlei tenta justificar o injustificável. O povo gostar da festa não legaliza a ilegalidade com que a festa foi feita", frisou o deputado. 

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