Iphan realiza mapeamento e ações para regularizar casas de matriz africana

O superintendente do Instituto, Antonio Miranda, explicou ao T1 que vai realizar um encontro na próxima sexta-feira, 25, para apresentar métodos de regularização de casas de culto no Estado.

Antonio Miranda fala sobre regularização de casas
Descrição: Antonio Miranda fala sobre regularização de casas Crédito: Bonifácio/T1Notícias

A Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico no Tocantins está realizando uma série de ações com a finalidade de promover o mapeamento para regularização de casas de religiões de matriz africana no Estado. Na próxima sexta-feira, 25, haverá um encontro na sede do Instituto para a entrega da cartilha, produzida pelo Iphan, aos proprietários de casas de umbanda, candomblé e demais religiões que derivam das matrizes africanas. O material tem a finalidade de orientá-los para a regularização de suas atividades.

 

O superintendente do Iphan no Tocantins, Antonio Miranda dos Santos, explicou ao T1 que durante reunião em Palmas, em abril deste ano, que contou com a presença de representantes de 30 casas de culto, ficou entendido que a maior necessidade da classe era ter apoio do Instituto para a regularização, pois não contavam com apoio efetivo do Estado.

 

“Esse foi um grande problema que os donos das casas nos passaram, ele não são reconhecidos pelo Estado por conta de não ter CNPJ e outros meios legais necessários, que definem a regularização desses locais de culto. Nesse encontro nós vamos também apresentar o programa de mapeamento das casas, que vai iniciar em Palmas e em seguida seguimos para outras cidades, com a intenção de mapear todo o Tocantins”, explicou Antonio Miranda.

 

Capoeira no Tocantins

O Instituto está promovendo ainda um trabalho de salvaguarda da capoeira no Estado, o projeto também vai ser apresentado no encontro do dia 25. “A capoeira é um patrimônio mundial e todas as superintendências dos estados estão com um processo de construção de um plano de salvaguarda para esta arte. Esse plano na verdade é a formatação, definição de políticas públicas em torno da capoeira, visando a preservação, o fomento, a continuidade, a permanência dos grupos do Estado”, disse Antonio Miranda.

 

O Iphan já deu início ao processo, com a mobilização dos grupos já existentes em Palmas, e está agora percorrendo o Tocantins. “Até o final de outubro vamos percorrer a maiores cidades do Estado e nos reunir com representantes de grupos para trazê-los para um grande encontro, no dia 14 de novembro aqui na Capital, onde vai vir o capoeirista mestre Sabú, de 82 anos, que implantou essa arte no Estado quando ainda era norte de Goiás, em Porto Nacional, para fazer uma palestra sobre a história da capoeira no Tocantins”, destacou o superintendente.

 

Conferência Estadual de Cultura

Com relação à Conferência Estadual de Cultura, que acontece em Palmas, em outubro, com a presença confirmada do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, o Iphan vai participar como colaborador do evento com a finalidade de apresentar a formação da cultura formada através da matriz africana.

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