A bíblia diz que Deus criou o mundo em sete dias (incluindo o merecido descanso). E, desde essa criação, até hoje, o número sete virou algo cabalístico na história do homem. Alguns exemplos são mais fáceis de lembrar, como os sete pecados capitais, mas a lista vai até o fim do mundo, com as sete trombetas do apocalipse. São sete orixás, sete notas musicais, sete maravilhas no mundo, guerra dos sete anos. Até na literatura infantil Branca de Neve era acompanhada por sete anões.
Entre os dias 05 à 07 de agosto, o PMW Rock Festival chega em sua sétima – e, por que não, cabalística – edição. Membro da Associação Brasileira de Festivais Independentes, o evento conseguiu colocar a cidade de Palmas, com apenas 21 anos de fundação, no trajeto da nova música brasileira. Lado a lado aos grandes eixos de produção, como São Paulo e Recife. Pode não ser uma conquista tão épica quanto a criação da vida, mas é bem importante pela criação e circulação da cultura.
Durante os três dias de festival, o PMW pinta o sete em Palmas com atrações de todo o país, como Dead Fish e Black Drawing Chalks, do Espírito Santo e Goiás, à Wander Wildner e Galinha Preta, respectivamente de Porto Alegre e Brasília. Artistas que são tanto consagrações no meio independente, como promessas que atraem atenção da mídia nacional para o que acontece na cidade. Atenção que é dividida com artistas locais como A Baba de Mumm rá, Boddah Diciro e Capellinos.
Além das apresentações, o PMW promove entretenimento junto com formação. Afinado com as propostas de festivais que acontecem em todo o país, Palmas recebe uma ciclo de palestras e debates sobre o momento atual do mercado de música no país. Produtores, artistas e outros pensadores da música brasileira se encontram na capital do Tocantins para trocar experiências e promover novas idéias sobre como produzir, circular e consumir cultura hoje.
Na Feira Independente, essa relação com o mercado fica ainda mais estreita. O PMW aproveita a circulação do público – uma média de mil pessoas por dia – para promover também moda e gastronomia local. Construindo, assim, uma noção completa de “cena”, onde não apenas as músicas, mas vários ambientes de produção interagem no espaço do festival. Durante três dias, o PMW se transforma em um ponto de encontro para todos que tem interesse em fazer cultura circular no Tocantins.
Em seus sete anos de atividade, o PMW deu a oportunidade do público de Palmas presenciar artistas que construíram a identidade pop nacional, como o Cordel do Fogo Encantado, Pato Fu e Mundo Livre S/A. Apontou a cidade em calendário cultural de abrangência nacional que é legitimado e divulgado pela mídia especializada. Por isso, o esforço vai muito além de promover três dias de festa, com o resultado de colocar o nome de Tocantins no cenário cultural nacional. (Texto Bruno Nogueira)
Palestras
Dia 05.08 (quinta), 20:00 (Espaco Cultural):
"Como produzir sua banda e rodar pelo Brasil" - Samia Cayres (Boddah Diciro)
"Como tocar no exterior" - Alyand Mielle (Dead Fish)
Mediador: Cecilia Santos (Estado Web)
Saindo de lá é só seguir pro Espaço Tendencies Music e conferir
La Cecilia (TO)
Vento Azul (TO)
Maquinários (TO)
Dia 6, sexta
No Espaço Cultural
Dead Fish (ES)
Galinha Preta (DF)
A Baba de Mumm rá (TO)
DDO (GO)
Puritan (ES)
Space Monkeys (GO)
Mata-Burro (TO)
Casa de Cachorro (TO)
Dia 7, sábado
No Espaço Cultural
Wander Wildner (RS)
Black Drawing Chalks (GO)
Boddah Diciro (TO)
Capellinos (TO)
Watson (DF)
Poetas do Caos (TO)
Fast4Trashers (TO)
Prozac (TO)
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