Primeiro Atlas Toponímico de Origem Indígena do estado será lançado durante Diálogos Culturais

O primeiro Atlas Toponímicos com origem indígena será lançado em Palmas, no próximo dia 9, no Centro Universitário Luterano de Palmas - CEULP. O lançamento faz parte da programação da 8 ª edição do Diálogos Culturais promovido pelo curso de Comunicaç...

A 8ª edição do evento Diálogos Culturais - ciclo de palestras em Comunicação Mídia e Cultura promoverá no próximo dia 9, o lançamento do primeiro Atlas do Tocantins e do Brasil sobre a origem dos nomes de lugares que tiveram influência e origem dos povos indígenas do estado denominado “Atlas Toponímico de Origem Indígena do Estado do Tocantins”.

O lançamento do livro integra a programação do projeto Diálogos Culturais que é realizado anualmente no hall do Ceulp/Ulbra e oferece debates e ciclo de palestras em Comunicação Mídia e Cultura. O objetivo do evento é  gerar no participante reflexões maduras sobre temas comunicacionais contemporâneos e estudos avançados sobre a comunicação.

Lançamento

De acordo com a idealizadora do livro e professora do curso de Artes e Filosofia da Universidade Federal do Tocantins, Karylleila dos Santos Andrade, a obra foi elaborada com base em sua tese de doutorado na àrea de Lingüística pela Universidade de São Paulo.

Segundo Karylleila, existem somente três estados do país que trabalham com a questão toponímica,  que é o estudo da origem dos nomes de rios, cidades, ruas e morros.

Influência indígena

“O Tocantins tem essa peculiaridade, pois os nomes dos lugares são de origem indígena da língua tupi, por isso fiz esse recorte no meu doutorado que originou o livro,” disse. Os outros atlas toponímicos de acordo com ela são do estado de São Paulo cujos nomes têm origem dos imigrantes do século XIX e povos indígenas e em Minas Gerais com influência africana e portuguesa.

O estudo segundo a professora foi realizado a partir dos nomes dos lugares (rios, cidades e morros) localizados no mapa do estado. “A maioria dos nomes pertencentes ao tronco lingüístico tupi, em que o povo tupi veio juntamente com os bandeirantes para desbravar o estado no ciclo da mineração,” explicou.

Ao todo são 1,3 mil nomes encontrados no mapa e somente 1% pertencente ao tronco lingüístico macro- jê, representados pelas comunidades atuais: Karajá Xambioá, Xerente, Krahô, Krahô- Canela, Apinajé e Javaé, declarou Karylleila.

O livro estará a venda no dia do lançamento por R$ 20 reais.

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