A principal delas é a dúvida lançada pela rádio peão de que ele realmente mantenha o nome a ponto de registrá-lo em convenção. Os que levam esta idéia adiante argumentam que seu pai, Luiz Pires, do alto de seus 70 anos não aprova a pretensão do filho e acha que ela causará danos ao nome da família. Acostumado a ajudar candidatos nas últimas décadas de Tocantins, o patriarca da família Pires sabe bem que isso é um jogo de vale tudo. E quer preservar o nome, afinal, de dinheiro não precisa.
O segundo balão de ensaio já está nas ruas e estimula uma divergência interna no PP por conta da posição do prefeito Carlos Amastha em insistir em colocar o nome do empresário Ataídes de Oliveira no rol dos governadoriáveis que teria sua preferência.
Parênteses para entender a relação de Ataídes e Amastha: o então suplente de senador ajudou o então candidato a prefeito na reta final das eleições de 2012. E estava na festa de comemoração. As fotos não me deixam mentir.
Mantendo o leque aberto
Questionei mais cedo o prefeito Amastha sobre estas suas declarações e o possível constrangimento que elas teriam causado, em especial naquele evento de Paraíso semana passada. “Não percebi que causei constrangimento”, ele me disse. E confirmou que Ataídes é uma das possibilidades, assim como os demais nomes colocados. “A gente não pode ir para uma discussão dessas fechado em torno de um nome só. Tem que manter o leque de possibilidades aberto”, disse ele sobre o possível mal estar em torno de suas declarações sobre a candidatura de Roberto Pires.
Lembrando que a primeira ele deu aqui, no Portal T1 Notícias no dia do encontro de Paraíso. A sorte foi que os principais dirigentes do PP não leram antes da reunião as declarações de que a definição do nome é um assunto “prematuro”.
Roberto, mais que definido
Ouvi do secretario geral do PP que o nome de Pires está mais do que definido dentro do PP. “O PP tem pré-candidato, não há nada prematuro. E a Nacional já sinalizou de um jeito claro e inequívoco que apoia esta pretensão ao colocar o Robertinho no programa nacional do partido”, comentou Robson.
Evidentemente, cada partido da chamada terceira via tem seu nome particular para trabalhar. O PT, cuja nova direção regional assume na próxima sexta-feira o comando do partido, viaja o Estado com sua caravana para construir viabilidade eleitoral em torno de Nicolau Esteves. Nem que seja para lança-lo a vice, caso o nome de Pires, por exemplo, entre o mês de junho mais forte.
Medo de quê?
O fato é que Roberto Pires tem demonstrado até aqui a capacidade de aglutinar as condições que podem fazer dele uma alternativa. Tem um partido forte e estruturado e não terá dificuldades em levantar recursos, legalmente, para campanha.
Sobre isto vale outro parêntese.
Um grupo de empresários articula há dois anos um projeto simples e claro: eleger um empresário, governador do Estado.
Voltando no tempo, uma conversa neste sentido teria ocorrido há meses entre Dito Faria e o próprio Roberto Pires. À época, segundo se escuta, Pires descartou a possibilidade de ser este nome.
O próprio Dito passou a alimentar a esperança de ser esta alternativa dentro do PMDB. Mas esbarra na liderança inequívoca de Marcelo Miranda.
Em outra via, Ataídes de Oliveira percebeu que precisava desatrelar sua imagem do governo, e deixou o PSDB apontando a principal falha que via no governo que ajudou a eleger: corrupção generalizada.
Ataídes tem o PROS e deu recente declaração de que só Deus o impedirá de se candidatar ao governo.
Roberto Pires, a seu modo, vai reunindo as peças e consolidando credibilidade no meio empresarial e político para ser esta alternativa.
Talvez por representar uma opção sem sustos - e ser um novo relativamente conhecido, pelo menos no segmento que representa - venha despertando tantas reações adversas.
Se construirá um caminho viável eleitoralmente são outros 500. Mas as reações ao seu nome provam pelo menos uma coisa: sua candidatura ao governo é uma hipótese que incomoda. E muito.
Comentários (0)