A base do governo está evidentemente mais forte na Assembléia Legislativa e deve ganhar nos próximos dias a adesão pública da deputada Luana Ribeiro, do PR.
A aproximação começou há cerca de dois meses, num almoço promovido pelo presidente da Casa, Sandoval Cardoso, com a presença do pré-candidato a governo, Eduardo Siqueira.
De lá para cá, Ronaldo Dimas garantiu o PR, Luana foi à tribuna reclamar, mas acalmado o primeiro momento, a deputada já revelou a pelo menos duas pessoas fora do seu círculo de amigos próximos, esta semana, que seguirá com o governo. Sandoval é o maior elo que permitiu este entendimento.
Em Tocantínia, no aniversário da primeira dama, a deputada teria chegado a confidenciar numa roda que gostaria muito de ficar com Marcelo Miranda, mas que o partido já está na base e ela não teria escolha. Desde ontem, quinta-feira, 27, o Portal T1 tenta ouvir a deputada. Segundo informações de bastidores ela poderá inclusive fazer a indicação da pasta da Habitação nos próximos dias.
Pano rápido.
O toque de Midas na Assembléia em torno do fortalecimento da base governista é sem dúvida do presidente da Casa, Sandoval Cardoso. É ele quem costura acordos, com aval para fazer o entendimento que for necessário. Os deputados por sua vez engrossam o coro de uma virtual candidatura de Sandoval ao governo e não só a vice (de Siqueira à reeleição, ou de Eduardo) como já aventado.
É o que se diz claramente nos bastidores e até fora deles.
O mistério, pelo menos a parte 1, termina semana que vem, quando vence o prazo de desincompatibilização do governador Siqueira Campos.
Mexendo nas contas, de novo
A última que rola nos bastidores é que há um movimento de três deputados para fazer votar novamente as contas de Marcelo Miranda. Dois deles ligados ao conflito eterno do PMDB: Iderval Silva, que já deixou a legenda para ingressar no Solidariedade e José Augusto Pugliese, um dos dois que restaram no partido na Casa.
Uma análise jurídica mais apurada teria indicado que a rejeição de contas como foi feita, sem indicar dolo, não configuraria inelegibilidade para Marcelo Miranda.
Revendo a votação, o resultado mudaria, chegando-se ao objetivo desejado: inviabilizar a candidatura de Miranda ao governo, já que é dado como certo no meio jurídico que o ex-governador liquidará sua fatura com a justiça eleitoral dias antes do pleito. Ou seja: pela Ficha Limpa, Marcelo não estará impedido de disputar o governo.
Relator do processo das contas e peemedebista da ala que apoia Júnior Coimbra, o deputado José Augusto teria motivos fortes o suficiente para mudar tão radicalmente de postura? Difícil acreditar. O terceiro deputado supostamente envolvido na trama – aquele de quem não se pronuncia o nome – também foi um dos que publicamente defenderam a aprovação das contas. Mas depois disto já mudou radicalmente de postura, publicamente com relação ao governo. Coisas da política tocantina.
O certo é que o fim da semana que precede a definitiva para começar a clarear o quadro sucessório no Tocantins, borbulha.
Ninguém dormirá com um barulho destes nos próximos dias.
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