PMDB prepara mandado de segurança contra decreto das Contas de Marcelo

Votação do decreto legislativo que criou novo embaraço ao registro de candidatura de Marcelo Miranda, foi feita em apenas um turno, erro formal que dá espaço a mandado de segurança para derrubá-lo...

Miranda questionará decreto da Assembléia
Descrição: Miranda questionará decreto da Assembléia Crédito: T1 Notícias

Uma banca de advogados experientes, que atende o ex-governador Marcelo Miranda, teria encontrado dois erros formais na votação das contas feita pela Assembléia Legislativa recentemente, e que em tese, teria gerado inelegibilidade a Miranda.

 

O erro mais grave e que tornaria nulo o decreto, impedindo que tenha os efeitos desejados -  gerar a inelegibilidade a Marcelo, que lidera a preferencia dos votos do eleitor tocantinense a governo – é o que fere o Art. 30 da Constituição Estadual, parágrafo 1o .

 

Nele, lê-se:

 

Os projetos de decretos legislativos e resoluções da competência privativa da Assembléia Legislativa, serão discutidos e votados em dois turnos (...)”

 

Votadas em plenário numa sessão de fim de tarde, rapidamente, a fim de minimizar a polêmica nova votação, o projeto passou apenas por um turno.

 

Outros problemas com o decreto e a separação das contas: a falta de abertura de prazo para defesa do ex-governador Marcelo Miranda; a insistência em separar as contas e liberar o ex-governador Carlos Gaguim que cometeu dois erros, apontados pelo TCE, idênticos aos de Miranda: negociação de créditos de ICMS com a Rede Celtins, em troca de fornecimento de energia e pagamento de precatórios fora da ordem.

 

Os detalhes da discussão podem até se arrastar nos tribunais, mas ao protocolar o Mandado de Segurança, a coligação “A Experiência traz a mudança”, provoca o Tribunal de Justiça a se manifestar rapidamente sobre o caso, concedendo ou não a liminar que permitirá o registro da candidatura de Miranda ao governo.

 

Os advogados em Brasília são unânimes: se o TJ, por algum motivo, passar por cima do que diz a Constituição, um recurso ao STJ garante a liminar a Miranda em 48 horas.

 

O que vem por aí, na eleição, na verdade é muito mais do que a discussão jurídica sobre se Marcelo pode ou não pode ser candidato, mas uma guerra de nervos entre as correntes adversárias.

 

Parêntese.

 

O governador Sandoval Cardoso procurou dia destes um conhecido articulador político que está na oposição.

 

Queria convencê-lo a abraçar “o projeto”. Ouviu que não é possível. No decorrer da conversa questionou se o dono da casa não acreditava em sua vitória. Ouviu que em campanha, tudo é possível, mas que a chapa governista é pesada. E terá problemas sérios com os desdobramentos do Caso Igeprev.

 

Ao final Sandoval levantou-se e disse: “Mas o Marcelo não é candidato. Não é e não será. Vou jogar pesado em cima disto”.

 

E foi embora.

 

Como se vê, pode esperar-se de tudo nas cenas dos próximos capítulos desta eleição.

 

 

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